Projeto da Fundição Progresso, #estudeofunk lança coletânea de novos talentos do funk carioca

por | março 23, 2023

Novidade na pista! O #estudeofunk – programa de aceleração artística e desenvolvimento de jovens talentos do funk carioca já tem data marcada para o lançamento de seu álbum de estreia: no primeiro minuto desta sexta-feira, 24, #EOFunk Volume 1 chega a todos os aplicativos de música, com 16 faixas produzidas e interpretadas pelos artistas participantes do projeto, que é realizado pela Fundição Progresso. São músicas que versam sobre as vivências diversas dos músicos, passando por reflexões sociais, relatos sexuais e amorosos e narrativas da cena funkeira carioca.

O disco é uma celebração da diversidade de vozes abraçadas pelo #EOF, oferecendo uma janela para o público conhecer as histórias dessas jovens vozes. É o que explica Taisa Machado, diretora artística do projeto: “O #estudeofunk se alimenta da vontade de impactar e registrar o poder do movimento carioca. A ideia com o álbum é apresentar nosso time de estrelas, mas também reviver uma cultura dos primórdios de funk, relembrando os discos de equipes que construíram a cena funkeira, como o ‘Rap Brasil’, ‘Tornado Muito Nervoso’, da Furacão 2000, ‘New Funk’ e muitos outros”. Ela explica que, com isso, o desejo é de exaltar o poder de criação de tendências que o funk teve e ainda tem na cultura brasileira.

Imagem: Divulgação

É o caso da reflexiva faixa “Eu Sou Amor”, que narra a caminhada, as ambições e ideais de sua intérprete, Winnie, que é cria do Vidigal. Acompanhada de produção assinada por Lastra, ela canta: “Vivi tantas guerras, mas sou amor”.

Este clima, de otimismo e resiliência em meio aos desafios, marca presença em mais outras faixas da tracklist. Em “Jacaré no Peito”, com beat de funk rasteiro também assinado por Lastra e vocais por conta de Nego Zu, a mensagem é encorajadora, apesar das dificuldades do cotidiano. Na música seguinte, “Família”, Codazzi destaca a importância da rede de
apoio familiar em sua vida, enquanto MC Chachá traz outra perspectiva. “De antemão eu nunca tive família/Eu tô no corre por mim, pela minha filha”, ela versa.

A perspectiva feminina brilha também em “Gotham City”, cantada por Adrielle e produzida por $idean, na qual a cantora elege a figura da Mulher-Gato como referência de força para circular na cidade e no baile, poderosa. Por sua vez, “Trans Brasil” reúne confissões de força e empoderamento de um corpo transgênero navegando em uma sociedade hostil a corpos dissidentes. “Direção da cena pode ficar à vontade/De antemão vem se problema ela é mulher de verdade”, canta Havanna, na faixa produzida por DJ Funk In Rio e Letícia Salgueiro.

Imagem: Divulgação

Talvez um dos maiores trunfos deste lançamento do #estudeofunk seja a constante mistura de ritmos e referências musicais proposta por seus artistas. São encontros que enriquecem a experiência do ouvinte, evidenciando também o funk carioca como ponto de encontro para muitas outras manifestações artísticas. “A riqueza de diversidade que o #estudeofunk abriga
é sem dúvida nosso maior tesouro e ela reflete a ebulição cultural conectada a cena funk
que rola no Rio de Janeiro e na região Metropolitana”, completa Taísa.

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