São Paulo é a terceira capital a receber a 16ª edição do Festival Latinidades, entre os dias 21 e 23 de julho, no Centro Cultural de São Paulo. Com patrocínio de Natura Musical e co-realização da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e do Instituto Afrolatinas, o evento é responsável por ampliar a visibilidade do 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana Caribenha no Brasil e chega a cidade paulista mais uma vez em parceria com a Feira Preta e celebrando os 50 anos da cultura hip hop no Museu das Favelas. O festival já passou por Brasília, entre os dias 06 e 09, Rio de Janeiro, no dia 15, e encerra em Salvador, nos dias 29 e 30 de julho.
Considerado o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (mais de 20 países), o Latinidades é uma iniciativa continuada de promoção de equidade de raça gênero e plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
Idealizado por Jaqueline Fernandes, o Latinidades é um festival multilinguagens que busca desenvolver diálogos com o poder público e com organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e outros grupos.
A programação se inicia com uma homenagem à Helena Theodoro, conduzida pela Escola de Samba da Mocidade Unida da Mooca, no Centro Cultural de São Paulo, e segue com painéis, roda de conversa, workshop e espaço Bem Viver. Abrindo espaço para o empreendedorismo, o Latinidades terá uma área reservada para a Feira Preta, com conteúdos, produtos e serviços de empreendedores pretos.
Outro grande destaque é a programação musical, que trará nomes como Tasha e Tracie, Danny Bond, MC Soffia, Vox Sambou, Veeby, Ellen Oléria e Zezé Motta. O Latinidades ainda estará junto ao Fórum Estadual da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop, no Museu das Favelas, para celebrar os 50 anos da cultura Hip Hop.
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Programação – São Paulo (SP)
SÃO PAULO
21, 22 e 23 de julho
Locais: Centro Cultural São Paulo, Museu das Favelas
21 de julho, sexta-feira
Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
14h | Abertura em homenagem à Helena Theodoro, com a Escola de Samba da Mocidade Unida da Mooca, apresentando o samba-enredo do Carnaval 2024: Oyá Helena.
16h às 17h30 | Painel: Construindo a Cultura do Bem Viver Entre Mulheres Negras e Indígenas
Convidadas:
Juliana Gonçalves
Brisa Flow
Amanda Pankararu
Mediação: Iara Vicente
Centro Cultural São Paulo – Sala de Ensaio 2
14 às 18h | Espaço Ilera Bem Viver
A Ilera: Ancestralidade e Saúde propõe o fortalecimento da memória ancestral e da identidade cultural dos povos originários a partir das suas/nossas tecnologias ancestrais para o cuidado em saúde.
Alicerçada nos Valores Civilizatórios Afro-brasileiros – circularidade, religiosidade, corporeidade, musicalidade, memória, ancestralidade, cooperativismo, oralidade, energia vital e ludicidade – busca compartilhar saberes ancestrais de cura negra e indígenas para a promoção do cuidado e do Bem Viver individual e coletivo e de crianças e adultos.
14h | Vivência de escalda pés e banhos de assento
15h | Vivência de cultura popular para crianças com Fernando Couto
16h | Vivência de incenso de bastão de ervas
17h | Roda de prosa: Quais propriedades medicinais das plantas?
Centro Cultural São Paulo – Foyer do Centro Cultural
14h às 20h Feira Preta Latinidades
Centro Cultural São Paulo – Arena Adoniran Barbosa
17h | Tasha e Tracie
18h10 | Danny Bond
18h50 | Amabbi
19h30 | Duquesa
20h10 | Universidade Afrolatinas apresenta: Margaridas e Isa Marques
21h20 | MC Soffia
22 de julho, sábado
Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emílio Gomes
14h às 15h30 | Conferência: “O Direito Coletivo na Lei do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Indígenas e Afro-Mexicanas” + Apresentação do Livro Afro-México, com a Artista e Senadora Susana Harp – México
Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
15h às 17h | Pedagogias Decoloniais, com Movimento LED – Luz na Educação, Rede Globo
Convidadas:
Gabriella Marinho – artista plástica e jornalista especializada em Literaturas Africanas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gabriella Marinho traz em seu processo criativo reflexões sobre memória, espaço, subjetividade e corporeidade. Usa o barro como ponto de partida literal e filosófico em suas experimentações. As pesquisas da artista carregam cores e formas que fazem alusão a natureza e seus elementos primordiais traduzidos em linguagens como escultura, poesia, fotografia, audiovisual; se desdobrando, também, em arte educação.
Vitalina Silva – Professora, coordenadora do Projeto Educação Atirracista e Vencedora do Prêmio Led 2023
Kaê Guajajara – engajadora da MPO (Música Popular Originária), Kaê Guajajara (Maranhão) apresenta em seu trabalho musical cantos e sonoridades inéditas com o intuito de educar, conscientizar e convidar os seus ouvintes para a missão coletiva sobre o bem viver, estabelecendo um elo entre ancestralidade e futuro. A multiartista realiza trabalhos como curadora, escritora, compositora, atriz e arte educadora.
Mediação: Kenya Sade – jornalista, apresentadora, podcaster, 30 under 30 pelo meio mensagem e agitadora cultural. É apresentadora dos principais festivais musicais do país pelo Multishow/ TV Globo
Centro Cultural São Paulo – Foyer do Centro Cultural
14h às 20h Feira Preta Latinidades
Centro Cultural São Paulo – Espaço Sala de Ensaio 1
14h às 16h | Workshop: Dança Tradicional Haitiana, com Warda Brédy
A dança tradicional haitiana é um aspecto essencial da cultura haitiana, que reflete a história e as crenças espirituais únicas do país. Essas danças são tipicamente executadas durante cerimônias religiosas e festivais e são caracterizadas por seus movimentos enérgicos e ritmos pulsantes.
A percussão na dança tradicional haitiana é considerada sagrada e acredita-se que seja um meio de comunicação com os espíritos. Os dançarinos costumam usar cores e trajes vibrantes, e seus movimentos são altamente simbólicos, muitas vezes retratando as lutas e triunfos da história haitiana. A dança tradicional haitiana com ritmos vodu é parte integrante da identidade cultural do país e continua sendo transmitida de geração em geração, garantindo que essa rica tradição seja preservada para as gerações futuras.
Warda Brédy é haitiana. Dançarina e coreógrafa profissional, irá ministrar o workshop pela primeira vez no Brasil. Ela criará uma coreografia com os participantes e a executará durante o show do Vox Sambou (Haiti), no dia seguinte, com todes que desejarem participar.
Centro Cultural São Paulo – Sala de Ensaio 2
14 às 18h | Espaço Ilera Bem Viver
A Ilera: Ancestralidade e Saúde propõe o fortalecimento da memória ancestral e da identidade cultural dos povos originários a partir das suas/nossas tecnologias ancestrais para o cuidado em saúde.
Alicerçada nos Valores Civilizatórios Afro-brasileiros – circularidade, religiosidade, corporeidade, musicalidade, memória, ancestralidade, cooperativismo, oralidade, energia vital e ludicidade – busca compartilhar saberes ancestrais de cura negra e indígenas para a promoção do cuidado e do Bem Viver individual e coletivo e de crianças e adultos.
14h | Vivência de escalda pés e banhos de assento
15h | Vivência de cultura popular para crianças com Fernando Couto
16h | Vivência de incenso de bastão de ervas
17h | Roda de prosa: Quais propriedades medicinais das plantas?
Centro Cultural São Paulo – Arena Adoniran Barbosa
17h | Vox Sambou (Haiti)
18h | Capoeira para Todes – Puma Camillê
19h | Ellen Oléria
20h | Veeby – Camarões
21h | Zezé Motta
23 de julho, domingo
Museu das Favelas
10h às 18h | Fórum Estadual da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop – SP
50 anos de Hip Hop: Frente Nacional promove Fórum Estadual de Mulheres no Hip Hop no Festival Latinidades.
No ano em que a cultura Hip Hop comemora 50 anos, a FNMH2 promoveu três Fóruns Estaduais – Vale do Paraíba, Baixada Santista e Interior – o encerramento acontecerá no dia 23 de julho, no Museu das Favelas, na cidade de São Paulo. A Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, em parceria com o Festival Latinidades, promoverá oficinas culturais, rodas de conversa, feira com empreendedores, exposições, pocket shows e uma cerimônia de homenagem às mulheres que contribuem com a construção coletiva do Hip Hop.
“Os fóruns são espaços de formação e reflexão promovidos pela Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop – FNMH2. São encontros onde as mulheres do Hip Hop – e interessadas em iniciar na cultura – têm a oportunidade de discutir assuntos diversos sobre a construção do Hip Hop. Está prevista caravanas de diversas cidades, que contribui para trocas de experiências e integração realizadas através de rodas de conversa, debates, palestras, apresentações de grupos de rap, batalha de B.Girls, performance de DJ e Live Paint das grafiteiras”, diz Lunna Rabetti – Presidente da FNMH2.
Para participar dos Fóruns é necessário preencher um formulário de inscrição, todas as atividades são gratuitas. O cadastro garante o fornecimento de alimentação e controle do espaço kids com arte educadoras para que as mães possam aproveitar todas as atividades.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
Graffiti à várias mãos – Mulheres do Hip Hop / Painel com coordenação de Rizka.
Batalha de MCs – DoMINAção
DJ Discolada
Feira de Artes l Empreendedores
Caravana Lúdica (Jogos)
Batalha de B.Girls – Coordenação Miwa
DJ Bia Sankofa
Biblioteca do Museu das Favelas:
Aquilombando no Espaço Kids com Lavínia Oliveira
Salão 02:
Femenagens à personalidades e Coletivos do Hip Hop com entrega de placas
Palestra: Festival Latinidades, com Jaqueline Fernandes
Roda de Conversa: “Onde meus pés me levaram”, com Dani Kriola e Lunna Rabetti
Lançamento literário: “Cuban Underground Hip Hop” com Tanya Saunders
Lançamento literário: “Fúria Poética” com Luciene Amor
Pocket Shows de encerramento com Bianca Hoffmann, Rose MC e Katu Mirim
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