Aconteceu no último domingo (26), a primeira edição do TRACE FEST, evento gratuito realizado na Doca 1, tradicional polo de economia criativa de Salvador. A celebração coroa a primeira parte de um projeto que começou com a chegada da Trace Brasil para firmar matriz em Salvador com apoio e parceria da SECULT (Secretaria de Cultura de Salvador), visando fortalecer a cena cultural da cidade como mais um meio de divulgação da música preta brasileira que tem na Bahia alguns dos mais importantes expoentes
A apresentação ficou por conta da comunicadora Karisa Ferreira, que emprestou o carisma de sempre no bate papo com artistas e público. “Muito feliz por fazer parte desse projeto lindo, com vários artistas foda e toda a equipe que eu amo de Salvador. Essa cidade está pronta para mais projetos como esse, a gente tem muito conteúdo, competência e cultura pra entregar no ano inteiro”, conta Karisa.
Desde que chegou a Salvador, a Trace Brasil tem se esforçado para estreitar os laços de seus moradores com a cena cultural baiana, fazendo transmissões dos eventos do Salvador Capital Afro em tempo real através de suas redes sociais. Com seu alcance, o veículo também ajuda a romper barreiras entre as cenas de diferentes Estados brasileiros, fortalecendo a comunicação entre centenas de artistas da cena de música urbana. O Trace Fest conseguiu reunir boa organização com line-up de peso que faz jus à pluralidade da música feita na Bahia – Bruno Batista (CEO da Trace Brasil)
Por volta das 16h, o DJ Akani começou a aquecer o público comandando as pick-ups e sendo o primeiro nome do line-up. Pontualmente, às 17h, diretamente da Cidade Baixa de Salvador, a rapper EVYLiN subiu ao palco e mostrou porque foi nomeada como um dos 10 nomes mais promissores da Cena do Rap Nacional pela Revista Elle Brasil. Seu som mistura a poderosa musicalidade baiana e o hip-hop. Quem estava presente não ficou parado
Se o trap é a vertente do rap mais popular atualmente, Makonnen Tafari é uma das vozes mais interessantes da cena e sua energia também esteve no palco da Trace Fest. Pancadas vindas de seus dois álbuns “Realidade do Gueto” e “Tempo pra Viver” estiveram no setlist da apresentação que ao anoitecer de Salvador já fazia da Doca 1 o ponto mais efervescente da cidade naquele momento. E a apresentação do rapper ganhou mais força com a presença do cantor Rafa Chagas e seu som cheio de influência trap, reggae e pagodão baiano.
Diferente da maior parte dos grupos de pagode, o Pagode por Elas é composto apenas por musicistas mulheres. O grupo também faz questão que na produção de seus shows também só haja profissionais mulheres. A apresentação elas convidam um trio de cantoras da cena do pagodão e dessa forma, não há uma vocalista exclusiva e fixa da banda. No Trace Fest, elas vieram com A Menina, Nêssa e Rai Ferreira na formação e sem dúvida é uma configuração de banda que merece tanta atenção quanto receberam no evento.
Criadora do Afro Fashion Day, a DJ Gabi da OXE contava com o público fervendo quando começou seu set às 20h. E como quem é do movimento não anda só, recebeu as convidadas Nininha, Aurea Semiseria e DAI, forças do Hip Hop convidadas pela Trace Brasil justamente num momento em que as mulheres clamam por mais espaço na cena do rap.
Quando o drill e o grime cheio de baianidade de Vandal lançou as primeiras batidas, o povo já entendia que estava diante de um evento único para a cena musical da cidade. O artista, dominando o palco com segurança, entregou faixas poderosas e encaminhou em grande estilo o bastão de finalização do festival a Mauricio Sacramento, o Fresh Prince da Bahia, fundador da tradicional festa Batekoo. O artista está entre os principais influenciadores culturais da Bahia e finalizando a parceria com a Trace, consolidou a noite como uma das mais inesquecíveis do mês da Consciência Negra.
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