Não é novidade que a culinária africana e indígena são a base de muitos dos melhores pratos da comida brasileira. No caso dos africanos, muitos talentosos chefs vieram ao Brasil mostrar o quão rica é a cultura gastronômica da África.
Para ajudar nossos leitores a encontrar onde lidar com esse resgate de nossas raízes, compilamos alguns nomes que tem feito sucesso trazendo a autêntica culinária africana a todas as regiões do país.
Mamadou Sène – Senegal
O chef Sène trabalhou por anos na rede de hotéis Marriot, foi bolsista em Chambéry, na França e veio ao Brasil em 1979, após um ano antes ter sido o responsável pelo jantar que recebeu líderes da Embaixada Brasileira em Dakar. Sène impressionou o então embaixador João Cabral de Melo Neto que, junto com sua esposa, fizeram questão de conhecer o chef. Mamadou ganhou uma bolsa para ficar no Brasil e desde então se passaram mais de 40 anos sendo docente no Brasil.
Ele é criador , por exemplo, de pratos como o gratin de legumes, a salada de frutas tailandesa, a batata dauphine, o bolinho de lentilha e a salada de couscous. Mamadou Sène vive em Porto Alegre, onde é referência para todos que gostam de uma boa cozinha.

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Pitchou Luhata Luambo – Congo
O chef congolês é advogado, ator, produtor cultural e professor de francês. Defensor dos direitos humanos e defensor de vítimas de violência sexual, Luambo reside no Brasil, onde é refugiado político. Seu restaurante, Congolinária, serve pratos veganos tradicionais da culinária congolesa. Você pode encontrar o Congolinália no bairro da Penha e no Sumaré, em São Paulo.

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Selassie Atadika – Gana
A chef ganesa foi considerada pela EAT Foundation and Culinary Institute of America como uma das 50 chefs mais inovadoras do mundo. “Já passou tempo demais para que chefs e cozinhas incríveis da África fossem notados. A culinária global precisa ir além quando se fala sobre diversidade, inclusão e visibilidade”, disse Atadika em entrevista ao Paladar.
Ela é criadora da ‘Midunu’, plataforma que conecta comida, cultura e comunidade de seu país natal. Em Acra, capital ganense, Selassie criou eventos nômades que mensalmente acontecem em diferentes locais da cidade com menu tradicional de comidas de Gana.

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Dieuveil Malonga – Congo
Com apenas 29 anos de idade, Malonga entrou no Top 100 do The Best Chef Awards de melhores chefs do mundo em 2022. Sua Afro Fusion (uma arte culinária que ele descreve como “uma mistura sutil de tradição e modernidade fica em Kigali, Ruanda. Ele ganhou muita experiência em três restaurantes com estrelas Michelin na Alemanha. Regressando á África, passou a combinar as suas raízes africanas com a experiência ganha no Velho Continente.
Melanito Biyouha – Camarões
A chef, idealizadora do restaurante Biyou’z Gastronomia Africana, define sua meta profissional e pessoal em “divulgar a riqueza e pluralidade da culinária africana”. Melanito chegou ao Brasil em 2003 e ao Estado de São Paulo em 2007, onde ficou fascinada com a efervescência cultural da cidade e com o número de imigrantes africanos na metrópole. Instalou a primeira unidade de seu restaurante em 2008, na Rua Barão de Limeira e depois uma segunda na Consolação.
Suas pesquisas a levaram para a intimidade de tradições culinárias de Angola, Nigéria, Senegal, Gana e República dos Camarões, o que faz do Biyouz uma das melhores opções para comer a boa comida africana na capital paulista.

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