Uma das grandes bandas de rock da atualidade, o Black Pantera produziu um álbum surpreendente, no qual incorpora alguns novos ritmos ao seu som, bem como influências da música latina. Intitulado “PERPÉTUO”, como o próprio título sugere, o disco fala sobre ancestralidade e sobre o que é infinito, o que fazemos agora e continuará reverberando mesmo depois que já não estivermos mais aqui. Envolvido nessa atmosfera, Chaene teve uma inspiração e compôs, de uma vez só, uma música para a mãe dele, “TRADUÇÃO”.
Com uma pegada mais leve do que a maioria do repertório da banda, o novo single, além de ser uma homenagem à Dona Guiomar, mãe de Chaene e Charles, se extende a dona Elvira, mãe do Rodrigo e a todas as mães e pessoas que fazem papel de mãe, ao mesmo tempo que fala sobre racismo. “Hoje, adulto, entendo melhor como o racismo estrutural afetou a vida dela”. Os versos de abertura são: “Minha mãe tem hora pra chegar /Mas não tem hora pra sair /Mesmo sem força, sai pra trabalhar /Tem um sorriso impossível de extinguir/Mãe me perdoa ter entendido meio tarde demais /Que nossas vidas pra esses cu sempre foi tanto faz /Até quem eu achava que gostava de noix/Um dia também virou as costas”
Na mesma letra eles citam um verso de Mano Brown: “Ratatatá preciso evitar Que algum safado ou sistema faça a minha mãe chorar /Já dizia o poeta do Capão Redondo/ Antes mesmo que eu pensasse em estar compondo”.
O clipe foi dirigido pela Carol Borges, da Quasque Filmes, que já fez vários clipes da banda.
“A gente queria traduzir no vídeo, assim como na letra, uma história que refletisse a história da minha mãe e de várias mães negras do Brasil e do mundo. É um clipe incrível, poético e todas as referências estão lá. Ficamos muito felizes com o resultado”, disse Chaene.
O álbum “PERPÉTUO” será lançado dia 24 de maio pela gravadora Deck.
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