Em sua primeira mostra individual, Amora evidencia o imaginário afetivo made in subúrbio das casa cariocas

por | outubro 10, 2024

Quem anda pelo Centro do Rio de Janeiro já se deparou com várias Amorinhas, figuras frequentes nos diversos grafites produzidos pela sampleadora visual Amora Moreira. Um dos trabalhos de maior dimensão da criadora carioca, no qual a personagem marca presença, é intitulado “Sankofa” e fica na região da Pequena África carioca. O mural de de 20x5m é recheado de símbolos afro-brasileiros e que fazem referência à cultura black e ao movimento hip-hop, constantes em seu trabalho até então.

Após seis anos pintando empenas de prédios e muros com essas temáticas pelo Brasil afora, Amora deixa um pouco a rua e volta-se para dentro, convidando o público a mergulhar com ela em uma jornada íntima, explorando as memórias que moldaram não somente a sua identidade, mas também a de uma região, a Zona Norte do Rio. 

É por meio de instalações, fotografias e elementos audiovisuais que Amora traz sua primeira mostra individual, intitulada “A Casa Carioca é Suburbana”. O objetivo da exposição é possibilitar um olhar diferente da região, ora associada a temas como violência e vulnerabilidade social, ora estereotipada, esvaziada de sentido por vieses meramente mercadológico. Na contramão, a perspectiva de Amora se diferencia por sua originalidade e autenticidade, levando a sério da máxima “a cabeça pensa onde os pés pisam”.

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