A Mostra Feminina de Hip-Hop promete agitar São Paulo de maio a julho de 2025, com uma série de eventos culturais e artísticos voltados para a celebração da cultura Hip-Hop e o protagonismo feminino. Contemplado pelo PROAC, o projeto tem como objetivo promover a participação ativa e a visibilidade das mulheres no Hip-Hop, um espaço historicamente dominado por homens, sob a perspectiva das artistas que fazem parte dessa cena tão rica e multifacetada. A programação, que terá quatro edições, três em São Paulo e uma em Porto Alegre, acontece em diversos pontos da capital paulista a começar por esse sábado no CDC Vento Leste, na Zona Leste da capital paulista, que será palco da abertura da Mostra com exibição de filmes, shows, oficinas, bate-papos e dança.
No dia 17 de maio, o CDC Vento Leste recebe apresentações das artistas Lívia Cruz com a participação de Dryca Ryzzo, show da Karol de Souza, além de um bate-papo com Mari Bergel, CEO da Boia Fria Produções, e a grafiteira Rizka, figuras importantes da cena Hip-Hop. A discotecagem do evento fica por conta do coletivo de DJ’s Beat, Please.
“Participar da Mostra Feminina de Hip-Hop é valioso demais pra mim. Um evento idealizado e realizado por mulheres a fim de dar visibilidade e celebrar a presença feminina na cultura Hip-Hop é ouro! E vai ser lindo.”, celebra Karol de Souza.
As atividades realizadas ao longo da semana da 1ª Mostra Feminina de Hip-Hop, assim como as atrações do sábado (17), culminam na exibição de documentários que aprofundam a história do movimento e destacam a presença feminina. O que começou como a produção do documentário contando a história de uma das idealizadoras do projeto, acabou se transformando em uma mostra que contempla diversas vertentes do Hip-Hop.
O evento teve sua origem na concepção de um filme sobre Lica Tico, rapper e cantora que integrou o “La Bella Máfia”, um dos primeiros grupos de rap feminino do Brasil. A artista comenta sobre essa iniciativa: “A Mostra nasceu de um documentário e dessa questão: quem vai ver o documentário? Como a gente vai lançar, como vai chegar nas pessoas? Então teve esse recorte de onde a gente vai assistir os nossos documentários, onde a gente vai conhecer nossas histórias e onde a gente pode fortalecer a união tão necessária entre as mulheres numa cultura que ainda falta muito espaço e muito protagonismo feminino em todas as expressões da cultura Hip-Hop.”, contextualiza Lica. “A 1ª Mostra Feminina de Hip-Hop nasce para ser um caminho, onde a mulher vai protagonizar, vai estar lá na frente e vai contar suas histórias e mostrar sua arte com destaque, sem estar dividindo “cotas” com homens. A gente não quer cota, a gente quer espaço de verdade, né? E se a gente não tem esse espaço, a gente cria esse espaço”, conclui.
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