Depois do sucesso do álbum “Todo Mundo Ama o Sol”, que alcançou mais de 30 milhões de plays no Spotify, Tarcis chega com seu terceiro disco: “Do Subúrbio à Central”. Disponível nas plataformas digitais a partir de 25 de agosto, o álbum contém 10 faixas que expandem o olhar do artista sobre o Rio de Janeiro, abordando com lirismo e sensibilidade as histórias e afetos do dia a dia suburbano. O clipe “Avisa lá” já está disponível no Youtube.
Musicalmente, Tarcis apresenta o disco como “o novo rap carioca”, porém resgatando o balanço que marcou os anos 80 e 90, inspirando-se em nomes como Bebeto, Copa 7 e Devaneio. “Quis tirar um pouco da influência americana e ter mais Brasil, fazer de fato um rap nacional, onde a gente se encontre na linguagem, na estética visual e trazendo protagonismo para pessoas comuns”, afirma Tarcis, dono do hit “Beira Mar” em colaboração com VND e pumpapji.
E assim, o artista incorpora à sua sonoridade a tradição das crônicas sobre a vida, tão presentes no samba, para criar um tipo de rap que parte da vivência suburbana no Rio de Janeiro, mas que também dialoga com a identidade e o cotidiano brasileiro.
No centro do universo sonoro de “Do Subúrbio à Central” está um cenário simbólico e familiar: o bar, tornando-se o ponto de encontro e convergência, onde histórias, afetos e reflexões se cruzam. “Com esse pano de fundo, conecto vivências, reflexões e melodias que transitam entre a boemia, o amor e o pertencimento”, explica o artista, que ganhou visibilidade ao participar do Brasil Grime Show, em 2019.
O ponto de partida dessa narrativa é o clipe “Avisa Lá”, influenciado esteticamente pelas novelas de Manoel Carlos, mas transportado para a realidade suburbana do Rio. Ambientado em um bar, o clipe permite enxergar a atmosfera do álbum, que se estende aos visualizers de cada faixa. Como um roteiro sonoro, as canções percorrem os dias da semana, enquanto os visualizers revelam personagens próprios.
“Minha escrita parte muito da observação da vida alheia. Posso dizer que este álbum é um grande bar, porque é no bar onde todas as histórias se encontram. Pessoas comemoram, trabalham, relaxam, brigam… A vida acontece de uma forma poética. Além disso, é também uma indagação à cena, que muitas vezes traz o subúrbio no contexto de violência e nunca em crônicas comuns, sobre o dia a dia. Eu sempre prezo por manter essas histórias vivas”, reflete Tarcis.
Atualmente morando na Zona Oeste do Rio, Tarcis viveu parte da infância na Baixada Fluminense e a adolescência na Zona Norte, onde nasceu. Esses deslocamentos marcaram sua formação pessoal e artística. “São lugares onde aprendi sobre boemia e malandragem, o que inspirou as vivências desse disco. O trajeto do disco tanto pode ser da Baixada, como pode ser da Zona Oeste. Ele representa a parte que está nas costas do Cristo Redentor”, destaca.
“Do Subúrbio à Central” é um convite para caminhar pelas ruas, bares e esquinas do subúrbio carioca, onde a vida também acontece com poesia.
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