Para celebrar a marca de 1 milhão de plays em “ALMA”, seu disco de estreia, o cantor Ryan Fidelis lançou o minidoc “ALMA: Decifrando A Linguagem do Meu Amâgo”. Gravado na Casa Ventana, em Florianópolis, mesmo local onde foi registrada a capa do disco e o visualizer da canção “Seu Mundo”, o documentário traz Ryan revelando detalhes sobre a composição e gravação do disco, além de algumas imagens de arquivo do cantor quando mais jovem. Ryan também gravou quatro versões acústicas das faixas “Seu Mundo”, “Energizou”, “Sobrenatural” e “Alma”, que serão publicadas em seu canal do YouTube na próxima semana.

“Me considero um contador de histórias”, comenta Ryan. “Muita gente fala ‘você deve ter sofrido muito para escrever essas músicas’, mas na verdade meu processo criativo passa por ter sensibilidade para observar o mundo ao meu redor e adicionar minhas próprias vivências”, reflete.

Seu primeiro disco é um ótimo exemplo. “ALMA” ganhou fãs de forma orgânica ao longo de 2025 que se identificaram com seu R&B romântico e sofisticado. O trabalho chamou atenção de perfis sociais especializados como o “Sommelier de R&B”, jornalistas como Pietro Reis, da newsletter “Segue o Som”, e foi eleito um dos 50 melhores álbum do primeiro semestre pelo Toca UOL. O cantor também fez a trilha sonora para o desfile que apresentou a coleção Reluz, inspirada no álbum de Djavan, da marca de moda afrodiaspórica SILVÉRIO.

Aos 20 anos, Ryan se destaca no cenário brasileiro por suas letras românticas e por seu talento versátil. “ALMA” foi todo composto, arranjado e produzido pelo cantor em seu próprio quarto, de forma despretensiosa. “Eu queria fazer um disco que me representasse, que eu colocasse no fone de ouvido e gostasse de escutar”, comenta Ryan. “O conceito do disco é mostrar minha musicalidade da forma mais crua e honesta possível.”

A identidade visual também é um dos destaques do trabalho. Tudo feito com muito cuidado e de forma coletiva. “Fui reunindo amigos que tinham alguma habilidade e estavam dispostos a ajudar. Um deles cursa Moda, então criou o figurino. Outro tirava fotos como hobby, outro sabia editar vídeos, e assim tudo foi nascendo”, lembra. O processo todo, das primeiras composições até o lançamento, durou seis meses.

Ryan tem a música no DNA. Seu pai, Sandrinho Fidelis, foi vocalista do grupo de pagode de Florianópolis Swing Maneiro, que fez bastante sucesso no sul do Brasil. “Foi uma grande influência. Desde pequeno eu frequentava os shows, inclusive muitas vezes tocando alguns instrumentos”, conta Ryan. Ele começou a aprender violão aos seis anos, antes mesmo de aprender a ler e escrever.

Após um ano de aulas com um professor, Ryan foi desenvolvendo as habilidades no instrumento sozinho, construindo suas referências sonoras a partir da influência da família. “Somos uma família que se reúne bastante, sempre com roda de samba, então a base veio daí e foi desenvolvendo naturalmente para elementos da MPB e R&B”, conta.

Os primeiros passos no mundo autoral vieram como produtor. Ryan aprendeu a mexer com beats no computador no começo da pandemia e produziu algumas faixas como beatmaker para amigos da própria cidade. Aos poucos, começou a canetar suas primeiras composições, até lançar seu primeiro single, “É Tu”, em 2023. Durante este período, o cantor se inscreveu no The Voice, chegando até a etapa final das seletivas.

Para 2026, Ryan está trabalhando em um novo álbum e começa a formatar um show com banda para rodar algumas cidades do Brasil. “Gosto muito do contato direto com o público, acho que a magia é justamente essa conexão com as pessoas que se identificam com minha música. Não tem lugar melhor no mundo pra aflorar isso a não ser no palco.“