O jornalista Paulo Vicente Cruz acaba de lançar, pela editora Quelônio, o livro “Enquanto os gigantes dançam”, com narrativas breves. O título marca a estreia dele como autor, que vem publicando pequenos contos e textos de gêneros fronteiriços em blogs, revistas eletrônicas e antologias, como a edição de 40 anos dos Cadernos Negros.
O livro foi editado pela Quelônio
A obra reúne histórias em que os personagens sofrem em silêncio, de maneira individual e solitária, vivendo dramas bastante conhecidos no país: um menino negro que chora num canto do pátio da escola; uma babá que se questiona sobre a própria ocupação ao levar um garoto para a escola; um “homem sujo” que é atacado por uma horda de “gente de bem” em um “bairro limpo”; um africano que se emociona ao ver o pôr do sol em Ipanema, com os Dois Irmãos ao fundo, pensando no continente do outro lado do Atlântico.
Como diz a escritora Daniela Kopsch, na quarta capa do livro: “Enquanto os gigantes dançam, o autor apresenta um ponto de vista incomum, apurado através de muitos anos trabalhando em contato íntimo com a realidade das coisas. Ele enxerga o que a maioria de nós não consegue ver e talvez por isso consiga traduzir tão bem o que Drummond chamou de sentimento do mundo”.
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