Ele dança, canta e interpreta. Atua em vários gêneros: drama, comédia, ação, infantil, musical. Ele sabe que pode ser médico, policial, Arthur Bispo do Rosário ou Otelo de Shakespeare. Desde o começo de fevereiro, ele dá vida ao ex-lavrador e operário Abílio, homem honesto e trabalhador, na novela “Além da ilusão”, no horário das 18h da programação da Globo. Ele é Luciano Quirino, paulista de Santos, 55 anos, 35 anos de carreira profissional, um multiartista que sabe que pode ser o que quiser e se expressar onde quiser – seja na TV, no teatro ou no cinema. E até mesmo desempenhar outras funções além da de ator. Cursando graduação em Cinema e Audiovisual na Universidade Veiga de Almeida, Quirino já dirigiu seu primeiro curta-metragem, “Cyber-shot”, premiado na Mostra UVA Videomaker 2021, no Rio de Janeiro. E assim já abre mais um caminho de atuação artística. Diversidade artística é o que se vê em Luciano Quirino!

Na novela “Além da ilusão”

Ambientada em Campos dos Goytacazes (RJ), a trama da novela “Além da ilusão” se passa entre os anos 1930 e 1940. Foram dois meses de estudos, preparação, aulas de equitação, pandeiro, tecelagem, voz, laboratórios, tudo para Luciano Quirino entrar na pele e na alma de Abílio Nogueira, honrado trabalhador, viúvo que cria sozinho o filho Bento (Pedro Guilherme Rodrigues na primeira fase da novela e Matheus Dias na segunda). Serão muitas emoções! A história de amor entre pai e filho é comovente, e houve conexão empática entre os atores.

Abílio cria o filho sozinho com muito amor, sacrifício e dificuldades. Ele não deixará faltar nada ao menino, principalmente o que considera mais importante: o estudo. O sonho de Abílio é ver o filho doutor. E o sonho se realiza, mas Bento decide jogar tudo para o alto e ir pra guerra (2ª Guerra Mundial) lutar contra os nazistas.

Sobre Luciano Quirino

Versátil e talentoso são dois adjetivos que traduzem a capacidade de Luciano Quirino interpretar personagens diversos, aos quais ele se dedica sempre com o mesmo afinco. Aos 34 anos de carreira, escolhe seus trabalhos e não aceita se limitar a papéis de negros submissos. Afinal de contas, Quirino é empoderado por natureza. Quem não se lembra do médico Laerte da novela “Laços de família”, que foi reprisada durante a pandemia no Vale a Pena Ver de Novo?

Em dezembro, esteve de volta à programação natalina da Globo no especial “Juntos a magia acontece” como um pai de família de classe média. E já pôde ser visto nas telinhas e telões em personagens que vão de policiais a papéis shakespearianos, como também em séries para a garotada – caso de “Detetives do prédio azul”, sucesso do canal infantil Gloob já com 13 temporadas –; produções com temas LGBTQIA+, como “Meu preço” (2018); dramas de sucesso, a exemplo de “Gonzaga de pai pra filho” e “Domésticas”; e em documentário, encarnando outro multiartista, Arthur Bispo do Rosário, em “Eu preciso dessas palavras escrita”, filme cult catalogado no Museu Bispo do Rosário e que está correndo mundo.

No teatro, já interpretou textos de grandes dramaturgos como Ibsen, Shakespeare e David Mamet, autor de “Race”, em que atuou sob direção de Gustavo Paso. Na TV, onde começou apresentando telecurso na TV Cultura, esteve em várias séries, como “Sob pressão”, da Globo, e “Galera FC”, exibida na HBO Max, que deve voltar a gravar no segundo semestre deste ano. Quirino foi também protagonista de “9mm- São Paulo”, exibida na Fox e que ganhou o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como Melhor Série Policial.

Em 2017, o ator foi homenageado no Santos Film Fest de 2017, com direito a estrela na calçada da fama do tradicional Cine Roxy. Naquela ocasião, Quirino apresentou o curta-metragem “Os Bons Parceiros”, que o levou ao Festival de Cannes no ano seguinte. De olho numa possível carreira internacional, ele também está estudando inglês. Afinal de contas, Luciano Quirino pode tudo o que quiser!

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