Um dos maiores de todos os tempos esteve entre nós por breves e intensos 50 anos. Earl Simmons, ou DMX, foi rapper, compositor e ator estadunidense. Suas rimas, que funcionavam como uma crônica da vida do preto norte-americano nos guetos, renderam trinta milhões de álbuns vendidos.
Talvez, dizer que DMX é um dos maiores da história, soe exagerado para alguns ouvintes de rap do Brasil. Com exceção de alguns hits como ‘X Gon’ Give To Ya’, ‘Where Yo Hood At’ e ‘Party UP’, o músico não foi tao ouvido aqui como seus pares de época, mas quem tem teve a sorte de tocar no talo as composições do cara, sabe que ele dominava a arte de compor raps que juntavam peso narrativo com apelo pop. Só conferir faixas como ‘Look Thru My Eyes’ e ‘One More Road To Cross’ e ‘Whats My Name’.
Sua forma agressiva de rimar ganhava ainda mais poder com sua voz rouca e as letras, definitivamente não soam agradáveis para quem prefere narrativas que acariciam em vez de acusar.
Podemos dizer que após a morte de The Notorious B.I.G. e Tupac Shakur, DMX pegou a tocha para levar o Gangsta Rap adiante. E ele foi muito bem-sucedido. Entre o fim dos anos 90 e começo dos 2000, ele virou um dos reis do hip hop pesado e foi o principal artista do selo Ruffhouse Records. Estourou além da bolha com o single, “Ruff Ryders Anthem”, agradando não só o público, mas também a crítica.
O clássico álbum “… And Then There Was X”, lançado em 1999, foi indicado ao Grammy na categoria de melhor álbum de rap. Ele seria indicado em mais três oportunidades ao prêmio.
A vida como ator colocou o rosto do astro em filmes como ‘Romeu Tem que Morrer’ e ‘Contra o Tempo’, ambos populares no Brasil por serem protagonizados pela estrela das artes marciais Jet Li.
Em abril de 2021, DMX sofreu um ataque cardíaco e após uma semana de internação, não resistiu e se foi. Um nome que deve ser redescoberto pelas novas gerações que estão insatisfeitas com os rumos do rap.
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