A ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade) – que atua há 20 anos com crianças, jovens, adultos e idosos em situação considerada de ‘extrema vulnerabilidade social’ nas regiões de Pirituba, São Domingos e Jaraguá – realizará no dia 25 de novembro, às 9h00, no CEU Atlântica, a apresentação teatral “Papo Reto, Fala Correta”. Cerca de 130 crianças e adolescentes apresentarão para seus pais, responsáveis e comunidade a importância do letramento racial, para que o racismo não seja perpetuado no dia a dia.
Atenta a esse cenário, a ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade) desenvolve o programa “Afro PAC”, com oficinas gratuitas que buscam promover a equidade racial na periferia de Pirituba, Jaraguá e Parque São Domingos. O ‘AfroPAC’, atende mais de 260 crianças e adolescentes e já impactou positivamente com mais de 1.200 pessoas, colaborando com empoderamento da população negra da periferia. Dentre as oficinas promovidas estão:
Meu crespo é de rainha: a oficina busca fortalecer as raízes negras e autoestima, especialmente em meninas negras, por meio do ensino das técnicas e os produtos adequados para os cuidados com cabelos crespos e cacheados;
Balé Ayó: corpo de balé composto somente por bailarinos negros, em que crianças negras experienciam a ancestralidade por meio da dança e se tornam protagonistas. Uma das premissas é que as bailarinas possam manter seus cabelos soltos, sem o uso de coques que podem ser desconfortáveis em cabelos afros, além do uso de sapatilhas e meias na mesma tonalidade de sua pele;
Projeto de identidade racial: por meio de palestras, rodas de conversa e construção do autorretrato e do retrato racial busca oferecer um espaço de reflexão sobre a ancestralidade e sua história para que mais pessoas negras da comunidade se empoderem e possam mudar o estigma racial;
Programa Mulheres do Morro: através de oficinas sazonais busca desenvolver potencialidades por meio de trabalhos manuais que resgatem as raízes ancestrais das mulheres negras, são oficinas de tranças afro, estamparia e brincos étnicos;
Afroteca: busca evidenciar a representatividade negra por meio da literatura, oferecendo livros de diversos tema e faixas etárias escrito por autores negros e que tragam informações e detalhes sobre a cultura negra.
“Com o programa de oficinas AfroPAC conseguimos resgatar a ancestralidade negra, empoderar e trabalhar o letramento racial especialmente de crianças e adolescentes, por meio do protagonismo de figuras negras na história, na música em todos os seguimentos. O intuito é que uma vez fortalecidos e com oportunidades, eles possam enfrentar o preconceito e também combatê-lo na sociedade”, afirma Agatha Minas, coordenadora do AfroPAC.
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