O ditado diz: “As palavras tem poder”. Tal  premissa é levada a sério pelos grupos de Sarau e Slam de rua no Espírito Santo. Mesmo impossibilitados de ir para as ruas declamar seus poemas por conta da pandemia, os poetas pegaram carona na onda das lives para divulgar seus trabalhos.

Três dos mais famosos resolveram divulgar seus trabalhos on-line: o Sarau da Barão, o Sarau Palmarino e o Slam Botocudo. O primeiro criou o projeto #emcasa, e convidou os poetas para recitarem em sua conta no instagram (@saraudabarao), com uma estrutura de dez minutos para cada performance.

Já o Sarau Palmarino continuou respeitando o seu calendário mensal (que prevê atividades sempre no primeiro sábado de cada mês) e a sua tradição de trazer uma personalidade importante ao movimento negro para ser tema das apresentações. Para o mês de Abril foi escolhida a enfermeira militante do Movimento Negro Unificado (MNU), Marly da Conceição Balduíno. Além de chamar os artistas para se apresentarem  no instagram do Círculo Palmarino do Espírito Santo (@cirulopalmarino), a turma do sarau criou a tag #saraupalmarinoonline para que poetas, músicos, entre outros possam se conectar por meio do movimento e de seus trabalhos.

O Slam Botocudo também transferiu suas batalhas de poesia para o ambiente virtual no mês de março. Em sua primeira edição pela internet, o slam abriu espaço para inscrições além do território capixaba: poetas do Rio De Janeiro, Pernambuco e Acre também puderam participar das atividades. O coordenador do movimento Jhon Conceito estuda fazer uma nova edição on-line no mês de Abril.

E você conhece esses movimentos? Já participou de algum slam ou sarau em sua cidade? Conte-nos mais sobre a sua experiência nos comentários.