A codificação Black é usada para representar pessoas pretas de forma não explícita. Muitas vezes de forma não consciente, elementos da cultura negra e estereótipos são incorporados à criação dos personagens cuja identidade racial não é explicitamente confirmada.

As Tartarugas Ninjas sempre tiveram estes códigos na sua jornada e isso foi um pouco mais explicitado em uma HQ recente que colocou o grupo e os Power Rangers para trabalharem juntos. A revelação acontece em Mighty Morphin Power Rangers / Teenage Mutant Ninja Turtles II #1. 

No entanto, quem acompanha o grupo há um tempo, consegue notar o flerte dos personagens com a cultura negra, inclusive nas alegorias da representação social: quatro indivíduos adolescentes, morando no esgoto – um local completamente escondido, do qual a maior parte da população tem medo de qualquer criatura que venha a sair de lá.

Página de Mighty Morphin Power Rangers / Teenage Mutant Ninja Turtles II #1

Inclusive, o chamado de força em inglês da equipe, “Turtle Power”, lembra o lema eternizado pela luta dos direitos civis nos Estados Unidos, o famoso Black Power. Além disso, em 1990, o duo de rap Partners in Kryme gravou “Turtle Power!“, um rap clássico em homenagem aos quatro irmãos cascudos.

Com o lançamento dos filmes de 2014 e 2016, Leonardo, Donatello, Rafael e Michelangelo receberam de vez todos os trejeitos de garotos negros dos guetos urbanos, pode-se até acusar a produtora de ter alcançado um estereótipo, mas não dá para negar que a cena em que o quarteto faz um rap no elevador, com direito a beatbox, é muito bacana.