Casa Guilherme de Almeida traz, em maio, debate sobre territórios no Brasil de ontem e hoje

por | maio 16, 2024

Em 23/05 o Museu, localizado no bairro Sumaré, também estreia o ciclo ‘Vozes de Oxum’ como um espaço para percepções e relatos de mulheres indígenas e quilombolas

Casa Guilherme de Almeida — museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela Poiesis — realiza, no mês de maio, uma série de atividades em torno do tema “Territórios fora da moldura”. O objetivo é promover uma reflexão sobre as noções colonizadoras de posse e divisão de terra, em contraste com a vivência coletiva em territórios que foram, em grande parte, apagados nas representações coloniais e colonialistas do Brasil, como indígenas e quilombolas. A agenda tem como ponto de partida a obra “Obsidio et expugnatio Portus Calvi” (1646), do pintor holandês Frans Post, que integra o acervo do Museu localizado na zona oeste de São Paulo. Fique por dentro.

Gravuras de Frans Post e a História do Brasil

No dia 18 de maio, das 14h às 16h, o educador Rodrigo Vieira, da Casa Guilherme de Almeida, comandará o curso Brasiliana para pensar a história. A formação discutirá a história do Brasil a partir de obras de uma Brasiliana (conjunto de obras sobre o Brasil) no acervo do Museu.

Resistência de mulheres indígenas e quilombolas

A fim de discutir a questão territorial a partir da perspectiva de mulheres indígenas e quilombolas, no dia 23 de maio, quinta-feira, das 19h às 21h, acontece o encontro Território quilombola Santa Rosa dos Pretos e Tenda Nossa Senhora dos Navegantes. A atividade, organizada pelas educadoras populares Dayanne da Silva Santos e Anacleta Pires da Silva, conta com a participação de Maria Dalva Pires, preta velha curandeira e filha do Território quilombola Santa Rosa dos Pretos, no Maranhão, e Zica Pires, filha da Tenda Nossa Senhora dos Navegantes (Tambor de Mina) e pedagoga.

O bate-papo é o primeiro encontro do ciclo Vozes de Oxum, realizado pela Casa Guilherme Almeida até o final de 2024 e no qual mulheres que são linha de frente na defesa de seus corpos, comunidades, terreiros e territórios tradicionais compartilham histórias de fé e resistência.

Cascade de Tijucca, Johann Moritz Rugendas, 1822, Litogravura – Acervo Casa Guilherme de Almeida

Diversidade de povos no Bom Retiro

A Casa Guilherme de Almeida, que passa a realizar “ocupações” na paisagem cultural de São Paulo, destaca, no mês de maio, a Livraria AIGO, localizada no Bom Retiro, centro de São Paulo conhecido pela intersecção de diferentes povos e culturas. Essa livraria é a primeira do bairro em mais de 40 anos e voltada a publicações que também abordam contextos migratórios. O evento Livraria Aigo fala: explorando mundos ocorre no dia 22 de maio, das 19h às 21h, com uma conversa sobre migração, viagem e o trânsito literário hoje, com a participação das fundadoras da livraria Agatha Kim, Paulina Cho e Yara Hwang. O bate-papo ocorre pela plataforma Zoom.

Finalizando a programação de maio, no dia 25, às 16h, acontece o bate-papo presencial Uma fala na AIGO: vivência bilíngue com a cineasta Paula Kim e a tradutora, fotógrafa e pianista Yara Osman. A atividade na livraria (Rua Ribeiro de Lima, 453 – Bom Retiro) aborda diferentes experiências de imigração e a complexidade de ter uma identidade bilíngue (dividida entre duas línguas diferentes).

Para inscrições, informações e a programação completa, acesse o site da Casa Guilherme de Almeida.

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