Nos dias 24 e 25 de janeiro de 2025, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo receberá em sua fachada uma projeção em vídeo inédita do Coletivo Coletores, duo formado por Flávio Camargo e Toni Baptiste. Na obra AKOMA, eles utilizam a arquitetura da sede do museu como suporte para uma narrativa visual que aborda histórias e territórios afro-latinos. Serão realizadas cinco sessões diárias da projeção, com duração de 15 minutos cada, entre o período das 19h30 às 21h30.
Conhecido por transformar espaços públicos em telas vivas, o Coletivo Coletores mistura animações 2D e 3D, textos e documentos históricos em suas projeções, criando um híbrido entre arte pública e audiovisual expandido. Em AKOMA, a arquitetura monumental do Museu Afro Brasil é mais do que suporte; é parte da narrativa, reforçando a ideia de que a memória e a história podem ser projetadas de forma vibrante e transformadora.
Estruturada a partir de uma pesquisa de cinco anos do Coletivo Coletores, AKOMA explora narrativas de personalidades e eventos que simbolizam resistência e luta pela memória e pelos direitos humanos. Referências como Tereza de Benguela, Maria Felipa e a Revolta dos Búzios ganham vida em uma narrativa espiralar, onde personagens e fatos históricos se entrelaçam, utilizando a arquitetura do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo como elemento ativo, ora absorvendo a narrativa, ora transformando-se em uma tela viva.
Para o Coletivo Coletores, a escolha do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo como local da intervenção não foi apenas simbólica, mas essencial. “Ocupar a fachada do Museu Afro Brasil com uma obra em escala arquitetônica sempre foi um sonho. Esse espaço é um templo de memória viva afro-brasileira e uma referência de inovação na arte contemporânea. A projeção AKOMA celebra nossas ancestralidades e convida o público a refletir sobre narrativas e figuras históricas que moldam nossa identidade, mas que muitas vezes foram apagadas da história oficial. Queremos transformar a arquitetura do museu em uma tela viva que pulsa histórias de resistência e memória”, afirma Toni Baptiste, do Coletivo Coletores.
A parceria entre o Coletivo Coletores e o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo para esse projeto iniciou em 2023, com um convite da instituição para criação de um edital para ativação em sua fachada, e ao fomento de produções artísticas voltadas às mídias digitais em diálogo com a arquitetura do museu.
Além das projeções, o Coletivo Coletores oferecerá duas formações distintas e gratuitas voltadas às linguagens do videomapping:
Introdução ao Videomapping
Curso online com duração de três encontros nos dias 14, 16 e 17 de janeiro, das 19h às 22h. Voltado a iniciantes, as aulas abordam os princípios da linguagem e as técnicas fundamentais para a criação de videomapping.
Vamos Fazer um Videomapping no Museu?
Curso presencial no Museu Afro Brasil destinado aos artistas e profissionais do audiovisual, que acontecerá nos dias 21, 23 e 24 de janeiro, das 14h às 17h, com foco em adaptações para projeções arquitetônicas.
Os trabalhos desenvolvidos pelos participantes serão projetados na fachada do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo durante os intervalos das exibições de AKOMA, no aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro.
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