O filme “M8 – Quando a morte socorre a vida”, sucesso de público e crítica, mal acabou de ser lançado, e o diretor Jeferson De já está em fazer de finalização do seu próximo longa. Trata-se de uma história sobre a vida do abolicionista Luís Gama.
“O cinema sempre foi muito bom em retratar pretos fora da lei: Zé Pequeno, Xica da Silva, Madame Satã. Mas teve esse cara, que foi fundamental na formação do que a gente chama de Brasil abolicionista, que influenciou Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco, que se tornaram mais conhecidos que ele. Com esse filme, quero apresentá-lo ao maior número de pessoas possível. Estou muito orgulho por contar essa história de um herói brasileiro”.
Quero apresentá-lo (Luís Gama) ao maior número de pessoas possível
Voltando ao “M8”, o lançamento durante a pandemia, foi bastante emblemático para o diretor. Afinal, no período, houve a morte de GeorgeFloyd, nos Estados Unidos, a explosão do movimento Black Lives Matter, em todo o mundo, entre outros fatos, que levantaram o debate sobre as questões raciais.
“A cena em que um policial está com o pé no pescoço de um personagem do filme parece muito com o que o Alberto (silveira Freitas) sofreu no Carrefour, no ano passado, em Porto Alegre. Um desavisado pode achar que eu estou retratando esse episódio ou o do George Floyd, mas eu filmei essas cenas bem antes de tudo isso acontecer. Os nossos corpos pretos são constantemente vítimas de agressões como essas. Mas no longa, além de mostrar a dor, fiz questão de trazer a esperança, da luta, que é o que mais me interessa”.
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