Roteirista premiado, Elisio Lopes Jr lança livro com histórias para ler e encenar

por | julho 2, 2021

Fruto de um passeio criativo por textos já interpretados e inéditos de Elisio Lopes Jr, o livro “Monocontos – Histórias para ler e encenar” traz uma coletânea de seres da cena: mais de cem monólogos, duas peças inteiras, e algumas singelas frases disfarçadas em uma tentativa de seduzir aqueles que gostam de um bom personagem. Dividido em cinco atos, a obra, que está em  pré-venda, incita a imaginação dos leitores e estimula que eles realizem os seus próprios atos. Entre os artistas que participaram dos vídeos do lançamento virtual, interpretando seus monólogos estão: Tatiana Tibúrcio, Isabel Fillardis, Emanuelle Araújo, Laila Garin, Dan Ferreira, Lázaro Ramos, Cacau Protásio, Augusto Pompeo e Zéu Britto, entre outros.

O prefácio da obra é assinado por Paulo Lins, autor negro de obras como “Cidade de Deus”, de 1997, “Sobre o sol”, 1986, e “Desde que o samba é samba”, de 2012. Atualmente Paulo e Elisio escrevem juntos roteiros de ficção para a TV Globo.

O livro conta com textos já interpretados e inéditos

Premiado na categoria Melhor Roteiro – ao lado de Lusa Silvestre, Aldri Anunciação e Lázaro Ramos – pelo filme, ainda inédito no Brasil, “Medida provisória” no Indie Memphis Film Festival, no ano passado, e indicado ao Prêmio Bibi Ferreira na categoria Melhor Roteiro Original em Musicais, este ano, pela autoria do espetáculo musical “Dona Ivone Lara – Um sorriso negro”, Elísio Lopes Jr. com o livro “Monocontos – Histórias para ler e encenar” traz o desejo de proporcionar aos leitores as múltiplas possibilidades de emocionar o outro, de fazer rir e refletir sobre o que é estar na pele das suas personagens.

E partindo desses sentimentos e conexões, o projeto de lançamento da obra conta com 20 atores – que já atuaram em textos de Elísio no teatro, TV ou cinema – interpretando alguns dos monocontos contidos no livro. Convidados, Lázaro Ramos, Isabel Fillardis, Emanuelle Araújo e Tatiana Tibúrcio, entre outros, farão parte da divulgação do conteúdo inédito pensado para o canal do YouTube do livro, da editora e o Instagram de Elisio (@elisiolopesjr).

“Monocontos – Histórias para ler e encenar” explora a contação de histórias em primeira pessoa. Os monólogos, que mais parecem contos, trazem ainda uma vasta pesquisa realizada pelo escritor ao nos aproximar de personagens reais, como Nelson Mandela, Dandara dos Palmares, e as cantoras Elza Soares, Dona Ivone Lara, Maísa e Isaurinha Garcia. Os cinco capítulos do livro são tratados como atos: O Ato Falho, o Ato de Presença, o Ato de Fala, o Ato Solene e o Ato Contínuo.

“Um texto bonito pode ser apenas bonito para ser lido, e isso não diminui o seu encanto. Foi exatamente desta certeza que nasceu este livro. Sou um autor parido no palco e tenho verdadeira paixão pelo ofício dos atores e sua capacidade de viver o aqui e o agora diariamente. Ao mesmo tempo, sempre gostei de contos, em que o leitor pode se sentir participante da história, na pele do personagem. Este livro quase todo resulta da reunião de monólogos de diversos estilos, linguagens, tamanhos e estéticas. Alguns, escrevi dentro de peças já encenadas, outros foram encomendados para eventos e muitos deles são personagens revoltos, que pularam da minha imaginação e, por pura insubordinação, não se encaixam em trama alguma. São libertos de qualquer narrativa mais complexa. Esses são os mais terríveis”, revela Elisio.

Com textos que saem da boca de personagens concebidos como masculinos, Ato Falho permite, de acordo com a sensibilidade do leitor, que as histórias ganhem outras identidades e formas. Já no segundo capítulo, o Ato de Presença, povoado de inspirações femininas, abriga toda a multiplicidade de sentimentos e sentidos possíveis. Mais adiante, no terceiro capítulo, em um conjunto de cenas, de diversas origens, unidas pela cor preta, Ato de Fala traz personagens reais ou ficcionais, situações e vivências que só a escrita negra pode oferecer ao mundo.

Na sequência, o quarto capítulo apresenta uma comédia sobre a difícil missão de se despedir daqueles a quem se ama. Em Ato Solene, quatro personagens, reunidos num mesmo hospital, dialogam com um homem à beira da morte num leito de UTI. São cenas de humor numa espécie de cerimônia de adeus. E o quinto e último capítulo se traduz numa peça com três personagens que nunca se encontram. Ato Contínuo mostra essas trajetórias cruzadas até um fim que não acaba.

0 comentários


– ÚLTIMOS VIDEOS –


– ÚLTIMAS NOTÍCIAS –