Espetáculo ‘Candelária’ faz temporada no Rio durante o mês de novembro

por | outubro 26, 2022

Projeto contemplado no edital Fomento à Cultura Carioca 2021 (Foca), o espetáculo “Candelária” fará temporada em novembro no Rio de Janeiro. Serão seis apresentações de sexta a domingo (dias 4, 5, 6, 11, 12 e 13), a preços populares, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá; e quatro sessões gratuitas quartas e quintas-feiras (dias 16, 17, 23 e 24), no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), na Gamboa. Com dramaturgia de Karla Muniz Ribeiro e direção de Madson Vilela, “Candelária” é resultado de uma pesquisa dramatúrgica sobre a Chacina da Candelária, rememorando também outros genocídios da população preta, pontuando cenicamente como se deu ao longo dos anos o racismo estrutural no Brasil. É um espetáculo manifesto que propõe uma discussão a respeito da política de embranquecimento social que perdura até hoje no país.

A realização é da Vila Musical, do multiartista Rafael Galhardo, e a produção tem assinatura do coletivo teatral Trupe Investigativa Arroto Cênico, com supervisão da produtora Burburinho Cultural. No elenco, Jonathan Silva, Karla Muniz Ribeiro, Madson Vilela e Marlon Souza, artistas negros e periféricos, fundamentam e reverberam a proposta da montagem, já que no dia a dia de suas comunidades esses artistas vivenciam o racismo que está enraizado na sociedade brasileira, sofrendo, constantemente, pelo apagamento de sua arte numa cena carioca formada, na maioria das vezes, por artistas brancos.

“Esse trabalho foi construído por meio do afeto. Sempre em roda, a cada encontro, partilhávamos nossas vivências e experiências pessoais. Os atravessamentos que nos levaram até ali. E foi aí que tudo se deu: como falar dos nossos, sem falar de nós mesmos? Somos muitos. Cada um com sua subjetividade e caminho, mas há algo que nos unifica, que nos faz reconhecer no outro: as cicatrizes deixadas pelo racismo. E é por esses atravessamentos que a cena se constitui. Opto, enquanto diretor, por explorar as potencialidades expressivas da dramaturgia de Karla Muniz Ribeiro associadas à subjetividade de cada ator em cena. Neste espetáculo, nosso recado é: queremos ser vistos e queremos que os nossos também sejam! Nós estamos vivos e precisamos nos manter vivos”, exorta Madson Vilela, diretor e ator do espetáculo.

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