Espetáculo para toda família, “De Mãos Dadas Com Minha Irmã” reestreia conto de heroína Iorubá no Sesc Belenzinho

por | fevereiro 9, 2024

Fábula narrada por Léa Garcia volta às apresentações onde atriz, cenário e personagens interagem por meio de projeções

Com sessões especiais no carnaval, reestreia dia 10 de fevereiro o espetáculo infanto-juvenil “De mãos Dadas Com Minha Irmã”, em curta temporada, no Sesc Belenzinho. O espetáculo, com a narração da atriz Léa Garcia (1933 – 2023), conta uma fábula inspirada na Orixá Obá, que dá nome à heroína da história, cuja missão é recuperar a memória e salvar seu povo de uma seca.
No carnaval, as apresentações ocorrem de sábado a terça, entre os dias 10 e 13 de fevereiro; depois volta no sábado e domingo seguinte, dias 17 e 18 e encerra a temporada com as sessões no sábado e domingo, dias 24 e 25.

Foto: Tally Campos

Trata-se de uma história sobre irmandade feminina dirigida por Aysha Nascimento, escrita por Lucelia Sergio e com produção da Cia. Os Crespos. Com montagem que propõe uma interação entre o teatro e o audiovisual, a Cia. Os Crespos aposta em uma pesquisa de linguagem cheia de tecnologia. Lucelia Sergio é a única atriz em cena e interage com os cenários e personagens animadas, como em um “game” projetado em telas no palco.

Para “De Mãos Dadas com Minha Irmã”, a companhia aposta em projeções mapeadas de cenários e personagens virtuais que contracenam com Lucelia no palco, para dialogar com crianças e jovens. A direção musical fica por conta de Beth Beli, do Bloco afro Ilú Obá de Min e conta com as vozes de Ailton Graça, Fabiana Cozza, Alzira Espíndola, Lenna Bahule entre outros, para as canções e personagens animadas. Léa Garcia, referência para artistas negras e negros, que nos deixou em agosto deste ano, dá voz à narradora da peça e fará sua estreia póstuma através de personagem virtual criada para a atriz.

Foto: Tally Campos

Sobre o processo criativo

As ilustrações são criadas de forma autoral para o espetáculo, assim como  a dramaturgia e a música, que partem de contos e ritmos afro-brasileiros para narrar a trajetória de uma heroína negra. O nome do espetáculo parte de um capítulo do livro “Ensinando a Transgredir” da escritora estadunidense bell hooks e busca valorizar conceitos de matrilinearidade  e de irmandade entre mulheres. O espetáculo se nutre da filosofia iorubá dos povos nagô, para  a qual as águas representam a feminina. E é a partir desta ideia que a dramaturgia  traça um paralelo entre um mundo devastado pela seca e a desvalorização das mulheres em nossa sociedade.

“Há vinte anos temos a lei 10673/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira nas escolas, e ainda encontramos muitas barreiras para sua real aplicação. Para nós é urgente não só contar as nossas histórias, mas entender as filosofias que balizam a cultura negra no Brasil, preservando nossas memórias. Ainda hoje é um trabalho quase arqueológico falar sobre nós mesmos, mas esperamos que os jovens e crianças de agora possam ter outras oportunidades.” – afirma Lucelia.

Foto: Tally Campos

Sinopse

Obá é uma heroína que sai de sua terra com a missão de salvar seu povo de uma  terrível seca. Longe da sua gente ela perde a memória e tudo o que sabe sobre si é o pouco que lhe contam. Ela terá de entrar no fundo da floresta das feiticeiras ancestrais para encontrar água e reencontrar sua identidade. Mas, para salvar a si mesma e ao seu povo, Obá terá de escutar todas as águas do universo.

Agenda

“De mãos dadas com minha irmã”

Com a Cia Os Crespos

Reestreia 10 de Fevereiro de 2024, às 12h no Sesc Belenzinho

Especial de carnaval: dias 10, 11, 12 e 13/02, às 12h

Temporada até 25 de fevereiro

Sábados, domingos e feriados, às 12h

Ingressos: R$ 10 (credencial plena), R$ 15 (meia entrada) e R$ 30 (inteira)

Crianças até 12 anos não pagam

Duração: 80 min | Classificação Livre

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