MC Cabelinho lançou, nesta quinta-feira (25), às 21h, o EP “Êxtase”, um trabalho de seis faixas que se aprofunda ainda mais em sua veia sexy e romântica. O projeto inclui três colaborações especiais: Duquesa, Triz e a cantora estadunidense Kaash Paige. Para fechar o repertório, aparece “Rastafari”, single já divulgado previamente com clipe gravado nos Lençóis Maranhenses.

Musicalmente, “Êxtase” carrega atmosfera intimista. Aqui, Cabelinho explora camadas do amor, do desejo e do autoconhecimento dentro da estética do trap, propondo uma visita quase fantasiosa ao íntimo. A intenção é olhar para o sexo e para as relações de forma profunda, colocando em evidência a evolução pessoal e artística que atravessa sua carreira. Cabelinho já tinha apresentado ao público reflexões sobre amor e desejo em trabalhos como “Little Love”, seu quarto disco.

Essa estética também se reflete na capa, criada em colaboração com o artista plástico surrealista Susano Correia, conhecido por trabalhos que misturam realidade e imaginação em imagens de forte impacto visual. Essa parceria reforça o caráter experimental e conceitual do EP, que trata das experiências internas de Cabelinho sob uma lente de fantasia e simbolismo.

Para a campanha de divulgação de seu novo trabalho, o EP “Êxtase”, MC Cabelinho apostou em um tom leve e bem-humorado para dialogar com o público. Em esquetes de teor cômico, o artista apareceu ao lado da atriz Clara Moneke, com quem contracenou em “Vai na Fé”, interpretando situações de intimidade de casal. Desde a publicação do primeiro vídeo, o público relembrou a parceria de Hugo e Katelícia com muita saudade. A estratégia trouxe uma camada lúdica para a apresentação do projeto, equilibrando humor e estética.

ÊXTASE DO INÍCIO AO FIM

A faixa de abertura do EP leva o nome de “Little Baby”, numa referência direta aos álbuns anteriores, “Little Hair” e “Little Love”. No som, Cabelinho se junta à sensação do trap Duquesa em uma parceria inédita. A letra retrata um casal cuja química é tão intensa, sobretudo entre quatro paredes, que desperta até a vontade de gerar um filho. “Melhor parte do dia é em cima da cama / Little Baby já tem herança”, diz a canção.

“5º Dimensão” é a segunda música do EP, e nos leva à uma viagem ao autoconhecimento. A faixa é uma balada trap, com batida contida e arranjos que deixam espaço para a voz de Cabelinho respirar. A letra fala sobre fé e busca por equilíbrio, transformando esse mosaico de peças íntimas em uma narrativa sobre desejo, proteção e esperança. “Sempre vou achar a saída/ Sua luz na cidade cinza”, dizem os versos.

A parceria com Kaash Paige, “Vibe”, vem em seguida e proporciona um dos momentos mais sensuais do EP, com a artista assumindo o papel de verdadeira musa. Os dois cantam sobre desejo, entrega e a vontade de viver o presente sem olhar para trás. A voz suave e ao mesmo tempo imponente de Kaash adiciona intensidade à narrativa, resultando em uma música que combina intimidade, confiança e ‘vibe’.

Flow cortante e uma letra que brinca com o jogo de sedução entre os protagonistas são elementos cruciais em “Sozinho”, parceria com Triz. Nos versos, Cabelinho canta sobre a liberdade de não se prender enquanto admite a fissura que faz a outra pessoa sempre voltar: “Te dou prazer, mas amanhã me esquece/ Eu não posso ser teu e nem de ninguém”. A participação da artista paulistana acrescenta ainda mais força à narrativa, equilibrando sensualidade e frieza em um vai e vem de aproximação e distanciamento.

Com batidas mais lentas e cadenciadas, “Fui” é a quinta e penúltima faixa do projeto. Explorando a premissa de um EP todo trabalhado no “sexo com amozinho”, Cabelinho canta sobre uma relação desgastada porém ainda não superada, admitindo a possibilidade de uma recaída. “Atrás do balde que eu chutei um dia, eu fui/ Mesmo sabendo que a gente não vai voltar”, versa.

A faixa que encerra o EP, ‘Rastafari’, foi lançada previamente. Mergulhando em batidas lentas e cadenciadas, com arranjos instrumentais típicos do reggae e uma interpretação vocal delicada, Cabelinho explora melismas e um timbre suave. A letra combina romance e reflexão, trazendo versos que falam sobre amor, mas também sobre a necessidade de deixar de lado o ego e o dinheiro, ter fé e acreditar que as tempestades da vida passam. A mensagem se equilibra entre espiritualidade e afeto, revelando uma nova faceta artística e traduzindo o momento pessoal de Cabelinho.

“Êxtase” sucede o álbum “Não Sou Santo, Mas Não Sou Bandido”, lançado em dezembro de 2024, e marca mais um passo da versatilidade criativa de Cabelinho. Além da música, o artista está em fase de gravações da série “Fúria”, produção original da Netflix, que chega em breve à plataforma.