Madureira, bairro que é celeiro da cultura genuinamente carioca e da cena criativa preta, recebe nos dias 11, 12 e 13 de novembro a 1ª Edição do Festival Zona Preta. Sob direção artística de DJ Michell e coordenação de produção de Rafael Fernandes, a iniciativa pretende celebrar a cultura preta, periférica e suburbana carioca no mês da Consciência Negra. Com uma curadoria coletiva que leva assinatura de DJ Michell (Viaduto de Madureira), Marlon Diniz (Yolo Love Party), Jonathan Raymundo (Movimento Wakanda), Rose Maciel (Projeto Criolice) e Rodrigo Oliveira (Casa Black Rio), o evento traz o melhor da black music – leia-se R&B (o famoso ‘charme’), samba, rap, trap, funk e afrobeat, dentre outros – e tem sua programação acontecendo em diferentes espaços do bairro da zona norte.
Para essa primeira edição do Festival, que comemora o retorno dos grandes eventos depois da pandemia, a curadoria elaborou a programação de forma coletiva e colaborativa, com intuito de potencializar as ações já existentes de cada um dos parceiros envolvidos na programação, e que fizesse sentido para um público tão diverso. Mas especialmente voltado para a população local e periférica em três lugares: Viaduto de Madureira, na Casa Black Rio e no Maduh Bar. Nesses espaços acontecerão edições especiais de festas consagradas como o Baile Charme do Viaduto de Madureira, Yolo Love Party, Projeto Criolice, Wakanda Madureira, Roda de Samba do Resenha de Madureira, Slam das Minas, Baile da Crespinhos, DJs, aulões, mesas de discussão sobre negócios e entretenimento, Feira Zona Preta, feijoada, entre outras atrações.
“A grande motivação foi justamente não ter acontecido nada com esses coletivos juntos. Todos são eventos culturais importantes e de uma grande representatividade, que fortalecem a juventude negra e suas riquezas, mas cada uma sempre fazendo no seu espaço. Com o surgimento do Zona de Cultura, pensei: se esses cinco coletivos se juntarem, vai ser uma das maiores potências pretas já vistas no cenário cultural – e não só carioca, mas nacional”, conta o DJ MIchell. “É desafiador e prazeroso ao mesmo tempo. Precisamos cuidar de todos os detalhes e respeitar as características de cada coletivo. As atrações foram escolhidas dessa forma, pois são histórias de muitos anos e cada peça desse quebra-cabeça, que nos fez chegar até aqui, precisa ser enaltecida e no final de tudo, se transformar numa grande Zona Preta. Sobre conciliar as particularidades de cada coletivo, digo que a grande maioria dos artistas contratados conseguiriam se apresentar tranquilamente em qualquer um desses coletivos. Aí quem fica com a atração X? com a atração Y? Foi legal e no final o resultado ficou muito diverso.”
O projeto é realizado por meio de recursos do programa Zonas de Cultura, Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro (Fetaerj).
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