Oito anos após lançar seu último álbum, Maíra Freitas retornou aos estúdios na companhia do Jazz das Minas, banda formada por mulheres, pela força motriz da maternagem e da feminilidade. Do encontro um novo trabalho inédito surgiu e, nesta levada, dia 19 de maio chega às plataformas digitais “O Nascimento do Amor”, single que abre os caminhos do álbum “Ayé Òrun”, que será lançado em totalidade no dia 26 de maio, mas um pouco antes, o público carioca terá acesso exclusivo ao repertório completo: dia 20 de maio, a partir das 17h, Maíra Freitas e Jazz das Minas sobem ao palco a céu aberto no Jardim do Méier, no Rio de Janeiro, para apresentar gratuitamente ao público o primeiro show do novo álbum e suas 13 canções inéditas. A abertura do show ficará a cargo do multiartista Muato e o espaço contará ainda com um espaço kids e intérprete de libras.
Lançar o disco num espaço público, de maneira gratuita, é motivo de felicidade na equipe. “O show é uma parceria entre a nossa produção e o coletivo cultural Leão Etíope do Méier, que vem fazendo um trabalho lindo na região com a ocupação dos espaços públicos e levando entretenimento, lazer, cultura, intercâmbio e, sobretudo, fazendo um resgate histórico cultural da região. Faremos lá a estreia da banda nova que cresceu. No palco éramos quatro, viramos seis e agora somos nove mulheres tocando. Estamos ansiosas e emocionadas em botar esse projeto no mundo”, empolga-se Maíra (piano/voz/direção musical) que, no palco, conta com Cris Ariel (guitarra/voz/ produção musical), Samara Líbano (violão 7 cordas), Paula Pardon (baixo), Monica Ávila (sax/flauta/voz), Sara Leite (trompete), Kátia Preta (trombone/voz), Rapha Morret (percussão) e Flavia Belchior (bateria/voz).
Nascido da vontade de construir um trabalho completamente autoral e feito somente por mulheres em todas as etapas – da composição ao som final, passando pelos arranjos, arte da capa, produção musical e mixagem – o disco consegue reunir luxuosas participações femininas em boa parte das canções, elencando nomes como Mart’nalia e Anastácia [‘Água de Sal’], Josyara [‘Okê Arô’], Marina Iris [‘Meu Quintal’], a violoncelista Flávia Chagas e as poetisas Elisa Lucinda [‘Ausência do Encontro’], Lis MC [‘Ateando Fogo’], Gênesis [‘Nascimento do Amor’] e Carol Dall Farra [‘Você Me Faz Muito Mal (Dia Feliz)].
Atravessando a vida e carreira de Maíra, a maternagem conduz a ideia do álbum. “Acho que quando alguém vira mãe tudo muda e não ia ser diferente comigo. ‘Ayé Òrun’ nasceu junto com a Zinga (minha filha mais nova e a irmã de Zambi). Estava tendo as contrações do meu longo trabalho de parto e aquele refrão não saía da minha cabeça. Para mim, parir foi um momento mágico, lindo e doloroso. É uma oportunidade maravilhosa ser um portal entre a terra (Ayé) e o céu (Òrun)”, observa a cantora, para quem o ato de maternar não passa necessariamente por ter útero.
“Maternar é ser responsável por outro ser, é viver as dores e as delícias desse lugar ambíguo. Eu acredito que todos os seres deviam maternar, nem que seja a experiência de apenas num único ser verdadeiramente responsável pelo outro. Este disco é, por fim, sobre amor. A mensagem talvez seja ‘pare, ouça e se deixe levar’. É um disco pra ouvir no busão no trânsito, no carro viajando e fazendo comida. É um disco pra transcender”, pondera Maíra.
SERVIÇO
Show de Lançamento – Maíra Freitas e Jazz das Minas
Data: 20 de maio de 2023
Horário: a partir das 17h
Local: Jardim do Méier
Entrada Franca:
Classificação Livre
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