O espetáculo “Luiza Mahin… eu ainda continuo aqui”, com texto de Marcia Santos e direção de Édio Nunes, está em cartaz no Teatro PetraGold, no Rio de Janeiro, simultaneamente com transmissão ao vivo e plateia presencial. A peça aborda a questão do extermínio da juventude negra no país, bem como o desaparecimento destes jovens oriundos de comunidades e periferias, relatados por várias mães negras há séculos.

O espetáculo tem texto de Marcia Santos e direção de Édio Nunes

A montagem promove um cruzamento entre os relatos contemporâneos destas mães, vítimas da violência policial, com a vida da personagem Luiza Mahin, nascida no início do século XIX, mãe do advogado abolicionista e jornalista Luiz Gama, vendido como escravo pelo próprio pai. Mahin surge como uma voz ancestral que, conhecendo a dor da perda de um filho, vem para acalentar estas mulheres.

Com sua existência até hoje posta em dúvida, Luiza Mahin, que ficou conhecida como revolucionária na Revolta dos Malês, no ano de 1835, na Bahia, representa para a comunidade negra o ideário de uma ancestral guerreira, símbolo de força e inspiração para outras mulheres. Sua história ainda é praticamente desconhecida, apesar da importância do seu filho Luiz Gama como jornalista e advogado abolicionista. O texto da peça foi criado a partir do único documento que comprova sua existência – uma carta deixada por seu filho.

O espetáculo está em cartaz no Teatro PetraGold aos sábados, às 19h. Fica em cartaz até o dia 31 de julho. Endereço: Rua Conde de Bernadotte 26, Leblon, Rio de Janeiro. Ingresso: R$ 20. Mais informações: (21) 2529-7700.