Nova no casting do Lab Fantasma, Marissol Mwaba lança EP e estreia show

por | agosto 3, 2022

Julho é um mês de celebrações para Marissol Mwaba. Já na primeira quinzena do mês, a artista, que ja é autora do casting da editora e gravadora LAB Fantasma, passa também a ser representada comercialmente para shows, publicidades e marketing de influência. Com o propósito de transformar a sociedade por meio da música e da cultura negra, o cultuado hub de entretenimento também representa Emicida, Rael, Drik Barbosa, Fióti e Dona Jacira. Marissol, assim como Rashid e Kamau, passa a contar com a inteligência comercial da empresa, referência no segmento, para contribuir com a expansão do seu trabalho “Acreditamos e valorizamos o potencial da Marissol e estamos mais do que preparados para projetar o trabalho dela na indústria a altura que merece” afirma Carlos Pereira (Cabé) gerente comercial da Lab Fantasma. No dia 28 de julho, lança o EP “NDEKE”, com três faixas, incluindo a inédita “Parece Azul”. Disponível em todas as plataformas de streaming, o trabalho conta ainda com as músicas, já lançadas como singles, “Chupando Versos”, feat com Drik Barbosa, Linn da Quebrada,François Muleka e Lucs Romero; e “Marte”, parceria com Tuyo produzida por Mônica Agena.

Dia 29, a cantora e compositora coroa a boa fase com a estreia de seu novo show, dirigido e produzido por ela ao lado de Lucs Romero e que vai contar sempre com Marissol e uma DJ no palco, como a cantora Bebé Salvego, que a acompanha na Noite Fora do Eixo, no Studio SP.

Para Evandro Fióti, músico, empresário e sócio da Laboratório Fantasma ao lado do irmão Emicida, o talento de Marissol promete uma trajetória meteórica de ascensão. “Marissol é uma das artistas mais criativas, que faz uma arte com muita alma, tem uma das vozes mais afinadas dessa geração e mais sensíveis também. Além disso, confesso que é uma das maiores compositoras brasileiras dos últimos tempos que eu já vi com a caneta na mão. A forma como ela faz a gente viajar através das composições dela dos mais variados temas, mas todos com uma dimensão profunda artística muito grande é de uma capacidade criadora muito única. Eu acredito que o espaço que ela merece ocupar ainda segue vago por conta das questões todas dos preconceitos principalmente contra as mulheres negras, e com a  LGBTQIAP+. Mas eu acredito que a arte da Marissol vai ser como um cometa que vai furar todas essas barreiras visíveis porque a arte trabalha com isso e da mesma maneira que tem conseguido fazer com que a gente se sinta mais forte nesse momento, o trabalho da Marissol é uma semente e um refúgio muito importante nos novos dias que a gente vai enfrentar pela frente. Então, na verdade a sociedade e o mundo precisa conhecer o trabalho da Marissol”, avalia Fióti.

A faixa inédita “Parece Azul”, com produção musical, synths e beats de Iuri Rio Branco, produtor musical do álbum ”De Primeira”, de Marina Sena; e Fábio Smeilli, traduz bem este momento da artista. “A música é sobre voo. Sobre o voo da entrega pra vida. Sobre arriscar, sobre sair das zonas de vontade. Sobre a liberdade de se conectar com o próprio corpo e com a vida que pulsa como instrumento de potência, de saúde, de construção e apreciação das belezas que as experiências podem oferecer. Pra mim ela representa um momento muito importante de transição do ser mental para o ser que também vivencia a existência no tato, nos sentidos, no corpo enquanto lugar de potência. Ser e existir”, explica Marissol.

Depois de colaborar com artistas e produções importantes do rap nacional, como Emicida e Rincon Sapiência, a cantora e compositora de origem congolesa iniciou um novo momento em sua carreira. Em junho de 2021, mergulhou a potência de sua voz cristalina no R&B em um flerte mais direto com o hip hop em sua primeira música do EP lançada, “Chupando Versos”, com beats de Lucs Romero. Em “Marte” avança ainda mais profundamente para este novo lugar musical, propondo uma conversa íntima sobre carinho e amor. “Marte traz o coração para que a gente possa se abrir. Um convite para os afetos, começando pelo nosso auto afeto”, reflete Marissol.

A saborosa “Chupando Versos” marca uma virada na música de Marissol, com refrão pop quentinho e sussurros. Um prenúncio sedutor dos novos encontros com calor, toque físico, aconchego na saudade, tudo de perto, além das telas, e com uma esperança mais acumulada que a mega. No calor no pé do ouvido, entre o convite de versos como “toma tua vacina. te espero lá em casa. chega e se joga por cima. deixei a chave no xaxim”, frio só mesmo na barriga.

Mixada e masterizada por João Milliet, a faixa foi gravada numa conexão Santa Catarina, onde residem Marissol e François, e São Paulo, morada de Linn e Drik. O primeiro encontro de Marissol e Muleka com Drik Barbosa no palco veio de um convite da MC, às vésperas do show de lançamento de seu primeiro álbum. O duo foi escalado para abrir a apresentação na Casa Natura Musical, em São Paulo, em outubro de 2019. A noite marcou duas estreias: era também a primeira vez que os irmãos apresentavam-se neste formato, revezando-se entre baixos, violões, bateria, percussão, pedal de loop e vozes. Um pouco antes do show, Muleka, irmão de Marissol, manifestou, por Whatsapp, o desejo de compor uma música especialmente para a data, acompanhado de um áudio com uma melodia incrível com violão, alguns balbucios e a frase “chupando versos”. Marissol deitou na cama ouvindo a melodia e uma história começou surgiu como um filme em sua cabeça. “É uma história sobre a ansiedade gostosa do encontro, frio na barriga. Com o enredo na mente, a letra deslizou no bloco de notas muito rápido.”, lembra a cantora. A música foi apresentada para o público naquela noite, que reuniu no mesmo palco, além da dupla e Drik, artistas que Marissol admira muito e com os quais já colaborou musicalmente, como Emicida, Rincon Sapiência e Rashid.

No segundo semestre de 2020, “Chupando Versos” foi naturalmente uma das faixas selecionadas para o EP “Ndeke” (que significa pássaro que sabe renascer e voar com liberdade). No mesmo período, François Muleka e Linn da Quebrada arquitetavam colaborações quando surgiu a ideia de chamar a cantora para gravar. Ao invés de Muleka cantar os versos e Linn rimar, fizeram o contrário. Assim, Marissol e Linn cantam acompanhadas das rimas de Muleka e Drik e beat de Lucs Romero  numa grande celebração de encontros.

Já o segundo single, “Marte”, começou a ser gestado quando Marissol iniciou seu atual relacionamento amoroso e fantasiou que embarcaria em uma expedição para o planeta. A brincadeira virou uma pintura a óleo em tela, assinada por sua companheire, em que o casal observa a Terra diretamente do planeta vermelho, que tornou-se então o apelido da casa em que moram. “A música traz esse espaço íntimo de afeto para um lugar coletivo, que contempla uma fuga saudável das dinâmicas da realidade. São lugares formados pelo teto das relações que geram um lar amoroso que não é deste mundo, enquanto nos lembram da necessária noção de amor próprio”, explica Marissol.

Mixada e masterizada por João Milliet, a faixa distribuída pelo Laboratório Fantasma foi composta por Marissol em parceria com Mônica Agena, que também assina a produção musical e a programação dos beats e toca guitarra e synths na faixa. A participação de Tuyo, banda de Curitiba, formada por Machado e pelas irmãs Lio e Lay Soares, foi quase orgânica. O trio, que apresenta uma mistura de elementos sintéticos somados ao folk e ao soul, foi a escolha imediata de Marissol para a participação na música. “Eles fazem um som original, com uma assinatura muito própria, ligada ao etéreo e às emoções, que tem muito a ver com a música. Quando ouvi a gravação fiquei muito emocionada.”, conta Marissol.

Para a cantora, que chama sua morada de Marte, “lar é mais que endereço, é conforto, é história, é saber exatamente a medida de ligar o chuveiro pra água vir do jeito que a gente gosta. Lar também tá no olhar: ao lado e ao espelho sentindo carinho e amor. Essa tenda de afetos me tira os pés da Terra que estou, me tira a mente de tudo que eu gostaria que fosse diferente e me leva pra um aconchego que parece até de outro mundo. Esse mundo eu chamo de Marte. Na minha mente, é meu cantinho onde tem tudo de melhor da Terra e tudo que chamo de lar no meu coração. Família, amigues, minha casa, meu dengo, música, pão de queijo, a lista não tem fim”.

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