Owerá lança álbum ‘Mbaraeté’ em que fala da resistência dos povos indígenas

por | agosto 23, 2022

O compositor e produtor musical indígena Owerá, da etnia guarani mbyá, vai lançar o seu segundo disco, “Mbaraeté” com o apoio da Natura Musical. Ao longo das nove faixas, ele convoca o seu povo para manter a resistência, tradução do título do álbum.

Este é um disco que eu fiz para os povos indígenas”, comenta Owerá que convidou para estar ao seu lado Kelvin Mbarete e Bruno Veron (Brô Mc’s), Célia Xakriabá, Djuena Tikuna, Txana Ibã e OzGuarani, além de seus familiares, Pará Retê, companheira e parceira musical, Tupã, seu filho e Olivio Jekupé, o pai.

Entre os singles já revelados está “A transformação”, oitava canção do álbum, que tem participação de Huni Kuin, originário da Aldeia Boa Sorte Rio Humaitá, que fica no Acre, na região da Amazônia, Txaná Ibã e seus companheiros do coletivo Balanço da Floresta, Samakey e Yube. O clipe foi co-dirigido por Owerá e Diana Freixo e filmado na Aldeia Krukutu, que fica na região sul da cidade de São Paulo.

Além disso, Owerá também já divulgou a faixa-título do disco, “Mbaraeté”, que tem a participação de sua companheira de vida e musical, Pará Retê. Essa canção teve um trecho conhecido no início do ano, com o lançamento da HBO Max na América Latina, quando Owerá se apresentou ao lado de Caetano Veloso.

“Mbaraeté” é uma obra que apresenta o Rap Nativo em uma narrativa com começo, meio e fim e traz para o primeiro plano a diversidade de povos existentes no Brasil ao reunir as etnias Guarani Mbyá, localizada no sul da cidade de São Paulo, onde vive Owerá, Huni Kuin e Tikuna, da Amazônia, Xakriabá, de Minas Gerais, e Guarani Kaiowá, que está em uma das regiões mais violentas do país, Mato Grosso do Sul.

O projeto de “Mbaraeté” foi selecionado pelo programa Natura Musical, através do Edital 2020, ao lado de nomes como Linn da Quebrada, Bia Ferreira, Juçara Marçal e Rico Dalasam. Ao longo de 17 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 150 projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares. “Nós acreditamos no impacto transformador que a música pode ter no mundo. E os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados pelo edital Natura Musical têm essa potência de mobilizar o público na construção de um mundo mais bonito, cada vez mais plural, inclusivo e sustentável”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Branding.

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