A Netflix anunciou que Denzel Washington deve interpretar o general Aníbal Barca, considerado um dos maiores estrategistas militares da história, em uma cinebiografia, mas a Tunísia, país onde  fica o local de nascimento do general, que viveu em 250 a.C, tem debatido o acerca da cor do ator norte-americano ser diferente de Barca.  Começando nas redes sociais e culminando no Parlamento tunisiano.

O deputado Yassine Mami questionou a ministra Hayet Ketat Guermazi sobre o filme, alegando que existia o risco de “falsificar a história” ao colocar um homem negro como protagonista de um filme sobre  Aníbal Barca. Para ela, se o filme for  gravado na Tunísia e  o país seja mencionado, já será de grande ajuda para garantir ´propaganda e retorno financeiro à nação. ” É ficção. É o direito deles fazer o que eles querem. Aníbal é uma figura histórica e temos orgulho de ele ser da Tunísia. Mas o que podemos fazer? Torço para que eles decidam filmar pelo menos uma sequência do filme aqui, e que a Tunísia volte a ser um cenário de filmes estrangeiros”, confessou.

Representação clássica de Anibal Barca

Antoine Fuqua, parceiro de longa data de Denzel Washington, vai dirigir o filme que seguirá as batalhas  que Aníbal liderou contra a República Romana durante a Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.). Montado em um elefante, o general atravessou os Alpes e atacou Roma pelo Norte.

Aníbal Barca nasceu em Cartago, em 247 a.C.,  região onde hoje se encontra a Tunísia. Quem também demonstrava interesse em interpretar o militar era Vin Diesel, astro da franquia ‘Velozes e Furiosos’.