Peça em cartaz no Rio celebra a vida e a obra do primeiro palhaço negro do Brasil

por | outubro 11, 2022

Está em cartaz no Teatro Cesgranrio, no Rio de Janeiro, o musical “Benjamin, o palhaço negro” que celebra a vida e obra de Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil. A produção faz curta temporada até 16 de outubro, com sessões às sextas e aos sábados, às 19h30, e domingos, às 18h.

Dirigido por Tauã Delmiro, o musical foi construído de forma colaborativa a partir do roteiro criado por Rebeca Bittencourt. A dramaturgia do espetáculo é permeada por canções originais criadas especificamente para a produção, contando com trilhas exclusivas feitas pelo artista James Lau. Já direção musical é composta por Nakiska Muniz e Peterson Ferreira.

 A montagem conta a trajetória de Benjamin, nascido no final do século XIX, que mesmo com muitos desafios, se concretizou um artista múltiplo dos palcos, picadeiros e cinema.

“A ideia de levar o espetáculo para os palcos surgiu dos meus questionamentos sobre a falta de pessoas pretas no palco, de histórias pretas sendo contadas pelo nosso olhar. Na época eu tinha 16 anos, era um jovem da zona norte com vontade de realizar e protagonizar histórias no meio do teatro musical, então resolvi pesquisar sobre pessoas pretas importantes para nossa cultura. Ele foi um homem extremamente importante para a história do Teatro e ele é muito pouco lembrado hoje em dia. Acho que precisamos revisitar e reverenciar as histórias dos muitos artistas pretos que contribuíram para construir a cena teatral como ela é hoje”, destaca Isaac Belfort, idealizador da produção.

 O espetáculo, produzido pela Belfort Produções em parceria com a Produtora Alada, é interpretado por seis jovens artistas pretos que dão vida a inúmeros personagens que permearam a história de Benjamin. A narrativa dialoga com a vivência dos atores e atrizes em cena e, através da identificação, reflete sobre racismo e apagamento de narrativas pretas na arte”. 

“Desde de sua concepção, o espetáculo têm como propósito resgatar a figura de um artista preto para contribuir no processo de reafirmação da autoestima da comunidade. No entanto, durante os ensaios, os atores e atrizes se identificaram tanto com a história dele, que optaram por tornar a obra uma plataforma para colocar em diálogo suas próprias trajetórias. Esse trabalho foi construído de modo colaborativo, temos nele não só a narrativa do Benjamin, mas também de todas as pessoas pretas que compõem o elenco. As nossas dores e belezas dialogam com as dele e com a de muitas outras pessoas pretas. Acredito que termos colocado um pouco das nossas vivências na sua vida contribuiu muito para que o espetáculo seja capaz de abranger essas questões, ao mesmo tempo que será capaz de emocionar os mais diversos grupos de pessoas”, ressalta Isaac.

 O produtor, que também está no elenco do musical, ainda fala sobre a mensagem que querem levar ao público com a produção.

“Quero que as pessoas conheçam a história dele, através das nossas artes e, além disso, reconheçam que todo preto sofre de apagamento e não reconhecimento, por seja qual for o motivo”, destaca Belfort.

Os ingressos para “Benjamin, o palhaço negro” estão à venda pelo https://bileto.sympla.com.br/event/76020.

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