Abordando a difícil temática do extermínio e o desaparecimento da juventude negra no país, o espetáculo ‘Luiza Mahin – eu ainda continuo aqui’ encara a tarefa de jogar luz sobre essa cíclica separação forçada dos filhos que acomete as populações negras há séculos. Dia 25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, uma data instituída para dar visibilidade à luta e à resistência de mulheres negras invisibilizadas pela história. O espetáculo fica em cartaz de 22 a 24 de julho, no Circo Crescer e Viver, na Praça Onze, no Rio.
Dirigido por Édio Nunes, a peça cruza as histórias de dor de tantas mães com a de Luiza Mahin, personalidade ancestral e mãe do advogado abolicionista e jornalista Luiz Gama – vendido como escravo pelo próprio pai. No elenco estão os atores Cyda Moreno, Marcia Santos, Tais Alves e Jonathan Fontella.
Costurando uma narrativa que atravessa o passado e chega no presente, o texto, assinado por Márcia Santos, é construído a partir de uma carta sobre a revolucionária da Revolta dos Malês, escrita por seu filho, Luiz Gama, e de uma série de relatos verídicos de mães que tiveram seus filhos mortos ou desaparecidos. Com forte cunho emocional, o espetáculo conta com uma trilha sonora original que é apresentada ao vivo pelo elenco.
O evento é uma parceria da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e o Circo Crescer e Viver.
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