Peça sobre a primeira bailarina negra do Theatro Municipal: de volta do Rio

por | outubro 24, 2021

Desde a estreia no Sesc Copacabana em 2016, o espetáculo “Mercedes” realizou apresentações virtuais e circulou por cinco cidades do Rio de Janeiro, por meio do Projeto X-Tudo Cultural. Participou de importantes Festivais e Mostras Brasileiras, como a Mostra Benjamin de Oliveira, em Belo Horizonte e a Mostra Olonadé da Cia dos Comuns, além de ter circulado por tres cidades de São Paulo . E, no ano em que se comemora o centenário da bailarina, figura emblemática da história da dança, a peça retorna aos palcos que estreou para cumprir temporada de 5 a 28 de novembro, de sexta a domingo, sempre às 19h.

Mercedes Ignácia da Silva Krieger, nascida em 20 de maio de 1921, bailarina de formação erudita, é a homenageada neste espetáculo teatral, criado pelo Grupo Emú, que faz uma viagem pela vida da artista que até hoje contribui para o resgate e preservação da cultura negra brasileira. A coreógrafa foi a primeira mulher negra a compor o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Uma das maiores representantes da cultura afro-brasileira no mundo, Mercedes foi pioneira da dança moderna brasileira e principal responsável pela disseminação das alas coreografadas do carnaval carioca.

É a partir de sua trajetória que o grupo se lança sobre uma dramaturgia interessada no diálogo da questão racial com a contemporaneidade e agrega à apresentação manifestações artísticas como teatro, dança e música, usados como símbolos poéticos de representação da ligação entre a formação clássica e os conhecimentos das danças de matriz africana. O universo da ficção submete um retorno às expressões afro-brasileiras, por meio da apresentação de uma narrativa em torno da construção da identidade negra na dança brasileira, contada a partir de fatos reais e fictícios da vida da personagem título.

O Grupo Emú é uma iniciativa subdividida em: Emú Produções Artísticas e Culturais (Produtora), Cia Emú de Teatro Negro e Núcleo de Pesquisas NegraHR (UFRJ). Destacam-se em seus projetos o espetáculo “Mercedes” e a Mostra Ultrajado, que recebeu o Prêmio Questão de Crítica 2018 e o Festival Segunda Black, vencedor do Prêmio Shell na Categoria Inovação.

A companhia é formada com objetivo da investigação teatral, conciliando um diálogo da questão racial com a contemporaneidade. Emú surge da convergência de anseios pautados na formulação de uma zona material poética, que possibilite ao ser negro e artista o agenciamento e autoria de sua própria história. A companhia tem a negritude como uma construção constante e se utiliza do palco como um instrumento para a potencialização do autoconhecimento e para a formulação de personagens não aprisionadas pelas paisagens responsáveis pela limitação das potencialidades do artista e indivíduo negro.

A peça fica em cartaz de  a 28 de novembro no Sesc Copacabana. Endereço: Rua Domingos Ferreira 160, Copacabana. Horário: sábados e domingos, às 19h. Ingresso: R$ 20. Indicação etária: 12 anos. Mais informações: (21) 2548-1088.

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