A escola Maria Felipa, idealizada pela socióloga Bárbara Carine, deve ganhar uma sede no Rio de Janeiro, no bairro Tijuca, no ano que vem. A instituição é a primeira registrada no Ministério da Educação como afro-brasileira e foi inaugurada em 2018, em Salvador.
A escola, que terá turmas de educação infantil e fundamental I, vai contar com ensino de português, inglês e libras tem como responsáveis, além de Barbara Carine, Maju Passos e a atriz Leandra Leal. As empreendedoras visam focar na descentralização do currículo europeu, trazendo aos alunos uma perspectiva antirracista na grade de ensino.
“Grande parte das escolas do nosso país, quando vão relatar as memórias ancestrais do nosso povo, coloca pessoas negras numa ancestralidade escravizada, pessoas indígenas numa ancestralidade incivilizada, e pessoas europeias brancas numa ancestralidade brilhante. E isso forma subjetividades. Crianças brancas tendem a entender que o mundo é só delas e crianças negras e indígenas tendem a achar que são menores”, explicou Bárbara Carine em entrevista ao Alô Bahia.
O nome da escola foi inspirado em uma heroína da independência do Brasil na Bahia que teve sua história apagada. Descendente de sudaneses escravizados, ela liderou um grupo de 200 pessoas nas batalhas contra os portugueses que atacaram a Ilha de Itaparica.
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