Sueli Carneiro, uma das mais respeitadas ativistas negras do Brasil, respeitada no Brasil e na América Latina, é celebrada pela Itaú Cultural, em São Paulo, com uma exposição gratuita sobre sua vida e obra. A Ocupação Sueli Carneiro fica em cartaz no espaço até o próximo dia 31 no espaço.

Esta exposição tem como objetivo homenagear uma vida e um pensamento. Aos 71 anos, completados em junho de 2021, Sueli Carneiro é uma das intelectuais negras mais atuantes e referenciais em atividade no país. Da menina nascida no bairro da Lapa, Zona Oeste da capital paulista, à doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e um dos nomes que abriram os caminhos do feminismo negro brasileiro.

Celebrada e recontada: eis uma biografia marcada pelo ativismo e pelo desenvolvimento de um pensamento filosófico e acadêmico. Sueli que, ao entrar na USP, contava com pouquíssimos de seus pares negros, hoje fala de ações afirmativas, como as cotas raciais (que sua geração foi determinante na formulação, vale dizer), reconhecendo a mudança que houve nas universidades nacionais, mas ciente de que ainda é pouco. Sueli tem o olhar atento de quem sabe que essa luta, no caso do Brasil, precisa ser permanente. Porque há muito a ser feito.

De uma família unida, conectada, presente, formadora e movedora, a pensadora Sueli é ainda uma entusiasta do fazer coletivo e, nesta ocupação, ela não está sozinha. Os que vieram antes seguem junto com a homenageada, quem veio depois também está presente e saúda o privilégio de ser contemporâneo de Sueli Carneiro.

Esta é a 52ª exposição da série Ocupação, programa permanente, do Itaú Cultural, que pretende estimular diálogos entre gerações de criadores e intelectuais brasileiros.

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