Expoente do rico cenário instrumental carioca, a Zé Bigode Orquestra mostra os caminhos de sua próxima fase com o single “Maria Navalha”. A faixa, segunda com letra e vocais do grupo, faz uma potente amostra da sua sonoridade plural, mesclando afrobeat, disco music e o funk de James Brown com pontos de umbanda. Assinada pelo produtor e pianista Pedro Guinu, ela faz parte do segundo álbum do grupo, o “Clube da Fumaça”, que está previsto para ser lançado em 2022 e contará com participações especiais de destaque da cena nacional.
“Maria Navalha” recebe o título da pomba-gira que representa os espíritos femininos conhecedores das complexidades e dilemas da alma humana. A letra do compositor e guitarrista José Roberto Rocha fala como essa entidade se apresenta imageticamente e se repete como um mantra. A composição ganhou ainda um trecho escrito pelo percussionista Victor Hugo, narrando um encontro em primeira pessoa com Maria Navalha. Entre elementos afro, o funk americano, os sons de terreiro, tambores, palmas e coros, o grupo faz referência a pontos conhecidos de Exu para construir uma ponte entre o sagrado e o mundano.
A ligação com uma entidade do povo rua da umbanda faz de “Maria Navalha” uma homenagem às ruas como forma cosmológica de encontros e saberes. Em sua segunda parte, a letra trata dessas vivências que ocorrem nos becos e vielas. Zé Bigode Orquestra valoriza os ensinamentos da rua, embora essa cultura urbana seja tão frequentemente considerada “menor” perante à acadêmica.
Ouça agora: https://ada.lnk.to/
Assista agora ao nosso canal Trace Brazuca e confira este e outros Hits que estão bombando! Siga a Trace Brasil no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.
0 comentários