‘Aos Vivos’ é um daqueles álbuns de estreia que apresenta o artista da forma mais crua, vulnerável e inspiradora. No álbum gravado em três noites do inverno de 1994, e lançado posteriormente em 1995, Chico César marcou o seu nome como um dos grandes da música brasileira. O cantor e compositor paraibano, já em seu debut, mostrava ao mundo sua poesia concretista e divisões rítmicas tão características.
Agora, quase três décadas depois, Aos Vivos retorna com uma tiragem especial em formato LP. A reedição, assinada pelo projeto Rocinante Três Selos, oferece a oportunidade de uma experiência sonora autêntica, onde notas e palavras ecoam com a potência e intensidade que Chico César merece.
Na primeira canção do disco, Béradêro, o paraibano canta a influência da cidade de São Paulo em suas vivências. Na sequência, já temos dois de seus grandes hits Mama África e A Primeira Vista, em versões espontâneas e intimistas. Segue-se então um desfile de músicas autorais, como Saharienne, Mulher Eu Sei e Clandestino, juntas a parcerias e interpretações de outros artistas, como em Paraíba, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e Alma não tem Cor, de André Abujamra. O disco tem ainda participações de Lenine e Lanny Gordin.
Escutar Aos Vivos em vinil é uma chance rara para compreender o princípio de Chico César, convidando os ouvintes a mergulhar na mente jovem do artista. O LP tem encarte com texto do jornalista e escritor Bento Araujo, autor da série de livros Lindo Sonho Delirante.
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