Cantoras baianas Iane Gonzaga e Riane Mascarenhas lançam músicas inéditas no EP “Cabaça Sonora – Parte 1”

por | maio 10, 2024

EP integra projeto de selo musical que evidencia protagonismo de mulheres negras e indígenas na  cena musical 

As cantoras e compositoras baianas Iane Gonzaga (Salvador-BA) e Riane Mascarenhas (Cachoeira-BA) uniram suas potências criativas e vozes para compor o lançamento do EP “Cabaça Sonora – Parte 1”. Marcado por influências da música afrobaiana e da MPB, o EP reúne dois singles inéditos de cada artista, “Ressurgir”, de Riane Mascarenhas e “Peguei Visão” de Iane Gonzaga. As músicas acompanham registros audiovisuais, gravados em estúdio no formato “ao vivo”.

Premiada no 21º Festival de Música Educadora FM, a cantora Riane Mascarenhas conta que a sua música “Ressurgir” nasceu em um momento de introspecção e de encontro com emoções, que muitas vezes são vistas como negativas: o medo, a incerteza, o caos mental e a tristeza. “Com a música, eu quero transmitir a mensagem de que todos os sentimentos são reais, legítimos, naturais da vida, e que com eles é possível ressurgir e se reconhecer novamente, após o encontro com as nossas sombras, por isso acredito que: Há luz na sombra!”, destaca a artista.

Em “Peguei Visão”, Iane Gonzaga dá continuidade à composições que exaltam o amor entre mulheres pretas, com suas letras marcadas pela regionalidade baiana, e que fortalecem a afetividade dentro da pauta LGBTQIAPN+. “Essa música é de fato uma declaração para minha preta, que me bota pra cima, me inspira e que amo. Através da minha arte, busco inspirar o público a se permitir, que o outro saiba o quanto aquela pessoa é importante para nós, que não tenhamos vergonha de nos declarar, que o amor nos encoraje a dizer ao outro o que sentimos.”

A produção musical do projeto é de Jordi Amorim, que criou uma experiência musical única, com elementos marcantes de sopro e percussão, trazendo influências rítmicas baianas e da música negra. “Para a música de Riane trouxe elementos da sonoridade de Rumpilezz, Tiganá Santana, Kenny Wheeler e Timbalada. Já para Iane eu pensei em influências de Carlinhos Brown, R&B de New Orleans, The Side Project”, destaca o músico. As canções gravadas contam com os talentos de Alana Gabriela na percussão, Rosa Denise no trombone, Karen Fernanda no trompete e Nilton Carneiro na tuba.

Esse é o primeiro EP lançado pelo selo musical Cabaça Sonora, idealizado pela Coliga Produções, que tem como missão fomentar a produção fonográfica da música popular baiana negra e indígena, tendo a coletividade como base no desenvolvimento das ações, realizando o planejamento e produção de lançamentos fonográficos. O selo já  realizou 7 lançamentos, que somam mais de 35 mil streamings nas plataformas de música.

Segundo Camila Brito, CEO da Coliga Produções, o propósito do selo é propagar a música negra e indígena, facilitando o acesso de artistas independentes ao mercado fonográfico, justamente pelas dificuldades que esta cena enfrenta no acesso ao mercado da música.

“Nós trabalhamos no planejamento, produção de lançamentos, e desenvolvimento de projetos musicais, fomentando diretamente essas produções e unindo artistas da música popular baiana. Acreditamos na coletividade como ferramenta para construir um mercado fonográfico mais próspero e diverso”, conclui Camila

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