Com a força e proteção de seu pai orixá, Maêva pede licença para abrir os caminhos da sua arte com o single “A chave” com part. de Michel Zumbi

por | abril 30, 2024

Nascida e criada no bairro da Cremação, periferia de Belém do Pará, Maêva Mc não é apenas mais uma na cena rap nortista. Sua voz carrega a força e a ancestralidade que desafia os estigmas de uma realidade violenta para pessoas negras e LGBTQIAPN+ e através do rap, convida a um mergulho em reflexões sobre a sobrevivência preta na periferia e perspectiva de futuro através da arte amazônica. 

Consolidando sua trajetória na música, tem produções artísticas conjuntas em shows com vários artistas da região norte, Mc Super Shock, Nic Dias, Drin Esc e agora conta com a participação especial do artista nortista Michel Zumbi (Roxy) um artista multifacetado, que domina vertentes do hip hop, e se identifica através do trap. Sua música é um espelho da realidade que o cerca, uma crítica direta à sociedade, mas que também instiga as periferias e celebra os “diamantes na quebrada”: as potencialidades e talentos que florescem nas periferias de Belém. 

No single de estreia, “A CHAVE”, Maêva tece uma narrativa poética e visceral sobre as suas lutas e desafios de vida na periferia, trazendo à tona uma realidade crua e pulsante como um grito de guerra contra a violência e opressão do racismo estrutural. Mais do que um simples beat, a música se transforma em um manifesto, mostra a perseverança para quem ouve e se identifica com as vivências mostradas na letra da música. 

Não adianta, vocês não aprendem mesmo, vão arrumar nada menor, não estão preparados, eu estou tranquila e posturada, se tentar me atravessar vai se entender com quem me guarda…”, canta Maêva. 

A produção audiovisual é um mergulho nas memórias afetivas de Maêva e traz o semblante de proteção e cuidado espiritual de suas raízes familiares, e não se limita a cantar sobre a vivência, sua música é um instrumento de transformação social, um convite para a reflexão e a ação. 

A arte da qual Maêva Mc se personifica, transcende o entretenimento e se torna uma ferramenta de expressão e mobilização para os jovens da periferia. Se conectando com a realidade e resistência por um mundo mais justo e digno. Sua voz é um farol que ilumina o caminho para um futuro mais esperançoso e digno para a periferia, que abre os caminhos da arte com a força de Ogum e o poder da ancestralidade.

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