Enquanto muitas pessoas parecem sentir prazer em dizer que não se faz mais música boa no Brasil, o país continua produzindo continuamente muito som bom, com misturas ricas, letras maravilhosas e a delicadeza que faz com que a música brasileira seja única.

Fizemos uma lista com cantoras nortistas na semana passada e, neste primeiro dia do ano, vamos focar nos rapazes da região. Da MPB aos sons vindos das flautas indígenas e passando pelo rap, o Norte tem brilhado na sua produção musical.

Confira a lista!

 

Sumano

Em novembro de 2023, o rapper paraense Sumano lançou “Nortes”, transcendendo o âmbito musical, revelando-se um projeto de vida profundamente enraizado em reflexões das problemáticas sociais que permeiam a região norte do Brasil. O disco é uma das melhores coisas que o rap brasileiro produziu este ano e ainda conta com participação de  Victor Xamã, Moraes, Roxy, Nill, Malu Guedelha, Karen Francis, Drin Esc, Nic Dias e Kurt Sutil.

Comece pelas faixas: “Nortes” e “Reconectar”.

 

Victor Xamã

Logo no primeiro semestre de 2023, o manauara lançou, “Garcia”, jogando rap dentro de outros estilos, conferindo um trabalho consistente e cheio de personalidade. Black Pumas, Charles Bradley e jazz fizeram parte da influência na produção musical recente do artista que colocou seu nome como um dos nomes obrigatórios a ficar de olho nos próximos anos.

Comece pelas faixas: “Oito Correntes” e “Pelas Ruas da Cidade”.

 

MC Super Shock

Ele nasceu no Ceará, mas foi no Amapá que  descobriu seu talento para a música e cultura hip-hop. O artista é um dos fundadores ida batalha de rimas “Batalha da Bandeira”, é produtor, filmmaker e rapper. Quem gosta de sarcasmo e sagacidade, vai abraçar com força o rap feito pelo cantor

Comece pelas faixas: “Só mais Cinco Minutos” e “3 no Ventilador”

 

Pelé do Manifesto

O Pará é uma força cultural e a música urbana do estado traz um frescor necessário à cena do hip-hop brasileiro. Pelé pega as influências do soul para compor narrativas que versam a realidade enfrentada pela população negra e periférica do país diariamente, mas sem largar a esperança de dias melhores com canções mais românticas.

Comece pelas faixas: “Pigs” e “Me Querem”.

 

 

Os Tucumanus

Toda vez que dizem que o rock brasileiro está morrendo, peça para as pessoas olharem para o norte do país. Os amazonenses rock setentista e jogaram num caldeirão de manguebeat, música folk amazonense e punk. As letras fogem do óbvio e narram como são alguns dos problemas e delícias da cidade de Manaus.

Comece pelas faixas: “Boi Voador” e “Até o Sol Sair”.

 

 

Dan Stump

Difícil ouvir este amazonense sem se encantar. Seja pela sonoridade folk/MPB, seja pelos clipes incríveis. Se você está sentindo falta de músicas que são confissões pessoais verdadeiras e não letras genéricas feitas por mil pessoas, esta é a hora!

Comece pelas faixas:” Sambatango” e “Lembra da Praia”.

 

 

Chico da Silva

Um ícone amazonense, o cantor e compositor nascido em  Parintins já foi gravado por Alcione na canção ‘Pandeiro é Meu Nome’ e também compôs ‘Vermelho’, famosa na voz de Fafá de Belém. O sambista conseguiu a proeza de ter uma música executada pelos dois bois-bumbás de Parintins, a toada ‘O Amor está no Ar’.

Comece pelas faixas: “Diário de um Boêmio” e “Convite a Roberto Carlos”.

 

 

Ian Wapichana

O poeta, cantor, compositor e músico da etnia Wapichana direciona suas rimas ferozes para qualquer assunto que mereça um olhar crítico. De Boa Vista, em Roraima, o artista busca sempre na ancestralidade inspiração para sua arte.

Comece pelas faixas: “A Viagem” e “Reparação Histórica”.

 

 

Helder Cruz

A delicadeza das composições do manauara já podiam ser conferidas quando ele fazia parte do duo Chapéu de Palha, junto com a parceira 1Póvoas e essa verve singela pode ser conferida com ainda mais inspiração no recente EP “Noites Serenas”.

Música para ouvir e sorrir.

Comece pelas faixas: “Gostasse, mô?” e “O Amor do Mundo Inteiro”.