Dengo, novo disco da 50 Tons de Pretas, que vem repleto de raízes afro e romantismo

por | julho 30, 2024

O álbum já está nas plataformas digitais; Turnê inclui shows no Rio Grande do Sul e São Paulo

Luta. Ancestralidade. Resistência. Amor! Algumas palavras que definem Dengo, segundo álbum autoral da 50 Tons de Pretas. Produzido a partir de recursos do edital Natura Musical 2023, Dengo vem como mais um trabalho representando a resistência pela arte e que promete trazer muito swing, tambores, temas de luta e um lado romântico das Pretas que muitos fãs vão adorar conhecer.

Dengo é carinho, afeto e amor. É um mimo das Pretas para os nossos fãs. Dengo, como dizem nossos ancestrais, é aconchego! Ou seja, pra mim Dengo é o que eu fui, o que eu sou e o que serei. É um longo trabalho de tudo que já fiz e o que estou fazendo nele. É a junção do que fui, do que absorvi, do que sou e uma parte do que serei, porque no próximo já vou ter vivido outras experiências e serei mais alguma coisa e pra mim tudo isso é processo”, diz Grazi. O processo de um álbum novo é sempre muito especial e profundo, e nesse novo trabalho estão todos esses elementos. “Fomos buscar na profundidade da nossa ancestralidade todas as nossas referências e memórias ancestrais, um trabalho íntimo tocando na raiz da nossa essência e memórias. Esse novo álbum, assim como Voa, traz muito de nós, das nossas experiências e vivências, mas com uma pitada a mais de amadurecimento musical e pessoal de cada uma das Pretas”, afirma Dejeane.

O processo do disco iniciou meses atrás, ainda em 2023, com período de escuta e seleção das composições pelas artistas. “Fomos buscar em nosso arquivo de composições quais as músicas que gostaríamos de explorar, trabalhar nos arranjos e levar pra o disco. É uma parte muito prazerosa do processo, onde temos que seguir nossa intuição, nosso feeling e fazer as melhores escolhas. Dentre mais de 20 composições, selecionamos apenas oito para entrar no disco”, destaca Grazi Pires. Fazem parte as canções: `Dengo´, `Ah, eu espero´, `Melanina´, `A palma da minha mão é preta´, `Só quero te dizer´, `Meus heróis´, `Sou Preta` e `Oração`, com versão bônus em espanhol.

O que deixou o processo mais profundo foram meses de pesquisa íntima individual e coletiva para chegarem no resultado do álbum. “Foram incansáveis escutas de obras que havíamos criado há meses na tentativa de selecionarmos o que mais estava nos representando no momento. Pesquisas rítmicas e culturais pra chegarmos na sonoridade mais verdadeira e íntima dessa nova fase das Pretas. Um processo rico de trocas e vivências com nossa banda e com convidados super especiais que deixaram esse trabalho ainda mais compacto, resistente e repleto de Identidade. O processo de composição é sempre intenso, forte e mostrar, lançar esse novo álbum, é jogar, dividir, expor toda nossa intimidade a mais intensa intimidade que poderíamos dividir é expor e despir a alma”, completa Dejeane.

 A banda realizou um período de imersão, fundamental para o processo de gravação iniciado em março, uma vez que optaram por uma gravação em formato “ao vivo”, ou seja, com toda a banda reunida tocando junta. Dejeane conta que foram horas intensas de ensaios para deixar tudo pronto para o processo de gravação. E valeu a pena, pois no primeiro dia de setting a banda gravou as oito músicas. Depois foram gravados mais detalhes de guitarras e violões, as percussões, as vozes e o sopro. Um disco gravado em tempo recorde. “Como diretora musical e artística do projeto, posso antecipar que o novo trabalho vem trazendo muito a essência da nossa música preta brasileira. Tem som pesado e swingado característico do nosso samba rock, muita sonoridade afro gaúcha com referências dos nossos tambores e letras que abordam a resistência, ancestralidade e o amor”, destaca Dejeane Arruée. Entre as participações especiais estão Mimmo Ferreira, percussionista, Neuro Junior, violonista, e as crianças e adolescentes do Projeto Afroativos.

Turnê nacional

Dengo já nasce pronto para cair na estrada. “O show vai apresentar ao público este disco que traz a força e presença da mulher negra e da ancestralidade”, afirma Grazi Pires. A turnê nacional, que inicia em julho, inclui shows no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Confira as datas e locais:

17 de julho, 2024 – Tupanciretã (RS)

02 de agosto, 2024 – Teatro CIEE-Banrisul RS, Porto Alegre (RS)

25 de agosto, 2024 – Casa Natura, São Paulo (SP);

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