Com vozes marcantes, vivência de rua e palco, e uma paixão visceral pela música brasileira, DUETO nasce da parceria entre os artistas Beto Sorriso e Paulinho Moraes, dois talentos do samba, que trazem ao público não apenas repertório e técnica, mas histórias de vida, ancestralidade e sentimento.
O projeto é uma celebração ao samba de verdade — aquele feito com coração, vivido desde cedo em família e respeitado como herança cultural. Com diferentes percursos que se cruzam em sintonia musical e visão artística, Beto e Paulinho apresentam uma proposta contemporânea que carrega a base dos grandes nomes do gênero e um desejo coletivo: emocionar, representar e transformar.
Beto Sorriso: Ritmo, fé e emoção
Natural de São Paulo e hoje morador de Taboão da Serra (SP), Gilberto Avelino de Oliveira, o Beto Sorriso, é cantor, compositor e multi-instrumentista. Com 50 anos de idade e mais de três décadas de vivência musical, Beto traz em sua bagagem a força dos corais, das rodas de samba e das influências familiares — seus pais, tios e avôs foram sua grande escola. Toca percussão, cavaquinho, banjo e violão, e tem um estilo pessoal que mistura o streetwear com elegância casual.
Extrovertido e apaixonado por música, Beto revela seu lado sensível ao citar influências como Emílio Santiago, Djavan e Fundo de Quintal, além de se encantar por trilhas sonoras, documentários e corais de igrejas americanas. “Meu maior desejo é ter uma estrutura sólida de produção, que me dê tranquilidade para continuar fazendo minha música com verdade”, afirma.
Entre seus momentos inesquecíveis estão uma viagem de trabalho à Alemanha e, agora, a realização do DUETO: “Esse projeto é um presente. Uma oportunidade de fazer música com alguém que compartilha dos mesmos valores e amor pela arte”.
Paulinho Moraes: Raiz, propósito e ancestralidade
Paulo Henrique Moraes, o Paulinho Moraes, também é paulista e mora em Taboão da Serra (SP). Aos 47 anos, carrega no sangue o DNA do samba: seu pai e irmão integraram grupos como “São Paulo Samba Show” e “Firma o Batuque”, e foi acompanhando eles que ele se apaixonou pela música. Começou no surdo e no pandeiro, passou por todos os instrumentos percussivos até chegar às cordas, e hoje atua como cantor, compositor e arranjador.
Apesar da rotina como taxista, Paulinho nunca se afastou do palco e das composições. Extrovertido com os íntimos e reservado à primeira vista, ele é conhecido por sua energia contagiante e bordões marcantes — como o famoso: “Axé pra quem é de axé, e amém pra quem é de amém também”. É também o criador da marca OGUNHÊ, com camisetas e bonés que expressam identidade e resistência cultural.
Suas influências passam por Arlindo Cruz, Almir Guineto, Grupo Fundo de Quintal e também por nomes fora da música, como o poeta Sérgio Vaz. Paulinho sonha alto: “Quero ser atemporal. Música boa não envelhece. Quero salvar vidas com o que canto, quero ser espelho e inspiração, como tantos foram pra mim”.
DUETO: mais que vozes, um encontro de propósito
Mais que um duo vocal, DUETO representa a conexão entre gerações, experiências e visões sobre a música como instrumento de afeto, reflexão e transformação. A proposta é unir harmonias, composições autorais e clássicos do samba com arranjos repaginados, sem perder a raiz e o respeito por quem abriu caminhos.
Com repertório em construção e gravações previstas para os próximos meses, o projeto também prevê apresentações ao vivo, participações em rodas e eventos culturais, além de uma forte presença nas redes sociais. Tanto Beto quanto Paulinho já participaram de podcasts, entrevistas e veículos especializados, e agora somam forças para levar sua música a novos públicos.
Mais que cantar juntos, eles cantam com verdade — e é isso que torna o DUETTO tão necessário, autêntico e potente.
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