Tysen Jay Bolding, o Money Man, é uma dessas forças do rap norte-americano que tem galgado espaço na cena aos poucos, mas sempre com trabalhos consistentes. Em 2020, ele figurou no Top 50 da Billboard Hot 100 com a pedrada “24”, feat com Lil Baby e desde então está no radar dos fãs mais atentos do rap.
Recentemente, o cantor lançou o álbum ‘Red Eye’, cheio de músicas confessionais, mas sem nunca deixar a reflexão sobre o passado difícil deixar as composições e sua personalidade em ritmo de baixo-astral. “Na vida aprendi que preciso ser casca grossa, de não deixar isso me abater e acabar chorando. Você tem que se fortalecer, pois aí quando você for reviver a situação, não vai importar mais”, dispara Money Man.
Conversamos com o artista que mostrou seu ponto de vista sobre a nova cena musical, dentro e fora do rap. Money revelou ter amizade com um dos precursores do trap no Brasil.
Confira o bate-papo completo abaixo:
No começo dos anos 2000, se aguçou mais a briga dos artistas por serem donos de suas musicas. Hoje você detém total direito sobre o que produz? Quais principais diferenças entre a situação e estar associado a outros proprietários?
É surreal para mim que alguém – a não ser que tenha acontecido uma transação direta e consciente – possua os direitos sobre a criação de outra pessoa. O fato de você investir na carreira de um artista não é uma justificativa para você ser o dono do fonograma que aquele artista produziu. O artista tem que ser dono de pelo menos metade e ter a possibilidade de chegar a ser dono completo. Os selos fazem parte do trabalho do artista e deveriam ser responsáveis por parte do projeto, não da totalidade como muitos contratos por aí acabam impondo aos criadores. Tem selos tentando coisas novas, mas ainda é muito arcaico. Como artista, acho que todo criador deveria se preocupar com isso. A não ser que você não se importe e que a sua música é algo descartável mesmo.
O rap e o trap hoje produzem uma profusão de novos artistas. Vê algum artista contemporâneo como inovador hoje em dia?
Tem muitos artistas que sinto que só estão seguindo um fluxo e não abrindo o seu próprio caminho. Eu sinto que que inovar é parte da vida, não só da música, mas em tudo. Na vida que você leva com as pessoas, nos negócios, na sua arte. Você tem que direcionar os caminhos e não ser levado por eles.
Você tem algum tipo de relação com o Brasil em termos de musicalidade?
Sim, tem meu parceiro BCRaff (Raffa Moreira)! Aliás, deixando aqui um salve pra ele. E olha, o Brasil tem muitas mulheres lindas e sinto que elas são minha inspiração. Olha pra elas! Você vê e quer fazer música!
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