Matuê abriu a noite desta segunda-feira (08) com o lançamento de “Meu Cemitério”, faixa que integra seu aguardado terceiro álbum, “XTRANHO”. O single chega acompanhado de um videoclipe imersivo, protagonizado pelo próprio rapper e ambientado em um cemitério real — primeiro sinal da estética mais sombria que deve marcar essa nova era.
Com versos como “Talvez a luz se esconda / Talvez ela nunca responda / Lobos que ficam na ronda”, Matuê constrói uma atmosfera noturna, inquieta e povoada por presenças à espreita. Sonoridade e lírica se encontram para formar um terreno onde batidas fantasmagóricas e uivos distorcidos guiam o ouvinte por um cenário de tensão constante.
A composição é assinada inteiramente por Matuê, enquanto a produção reúne o holandês Sapjer, o australiano Brvdy e o beatmaker Chronic, criando uma base sonora robusta, eletrizante e cheia de contrastes.
No videoclipe, os elementos de horror se intensificam. Filmado em São Paulo, o vídeo aposta em ruídos, texturas de baixa luz, câmeras noturnas e cortes rápidos que evocam filmes clássicos do gênero. O que poderia ser um ambiente de medo para muitos se transforma em terreno familiar — quase lúdico — para o rapper cearense.
Matuê também retoma no clipe o visual criado em parceria com a Ed Hardy, mesmo look apresentado no festival The Town. A estética punk e marcada por tatuagens da marca norte-americana se alinha com a postura contestadora que permeia “Meu Cemitério”, reforçando a identidade visual da nova fase que está apenas começando.








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