O jazz como ferramenta de crítica social, denunciando as injustiças, o preconceito, mas exaltando a força da periferia e a luta diária de seu povo por um futuro melhor. Esse é o ponto de partida de “Boca no Trombone”, terceiro álbum da carreira do trombonista, cantor e compositor Josiel Konrad, que chega às plataformas digitais.
O novo trabalho do artista é 100% autoral, cantado e instrumental, e traz o encontro da realidade e linguagem periférica com o jazz, em uma abordagem musical contemporânea brasileira. A essência improvisada do jazz alinhada à vida na periferia, onde nasceu, em que o improviso é o ponto de equivalência, onde se vive intensamente em meio às contradições da cidade grande. “É nesse ambiente que o jazz encontra sua maior inspiração. O acesso à música – no caso, o jazz – nascida na periferia foi cada vez mais se acabando e sendo apropriado pela alta classe da sociedade. O álbum me inspira a sonhar e a lutar por um mundo mais justo e mais igualitário”, pontua Konrad.
Em 13 faixas, o álbum pauta a realidade da periferia em mais estilos musicais, evocando as emoções e as sensações em um universo de cores em sons e culturas, a luta pela igualdade, o enfrentamento ao racismo, expressando a diversidade cultural e a musical brasileira. As participações especiais ficam por conta da cantora Tamy (em “Parle que Sim” e “Midnight Club”), o cantor Matu Miranda (em “Midnight Club”) e o norte-americano Marshall Gilkes, um dos melhores trombonistas do mundo na atualidade (em “Samba de Trombone”).

Capa do álbum Boca no Trombone
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