Quando Michael Jackson comprou o direito ao catálogo dos Beatles e encerrou a amizade com Paul McCartney

por | janeiro 6, 2024

Durante 30 anos, os lucros gerados por canções icônicas dos Beatles como “Yesterday” e “Let It Be”, iam para o Rei do Pop, Michael Jackson e não para Paul McCartney, compositor das canções. Essa história é uma das passagens mais curiosas da história da música pop.

Michael e Paul formaram uma parceria de sucesso nos anos 80 e se tornaram bons amigos. Eles se conheceram após o ex-Beatle compor a música “Girlfriend” e oferecê-la ao líder do Jackson 5.  A faixa acabou entrando no disco “Off the Wall”, lançado por Michael Jackson em 1979, mas um ano antes foi gravada pelos Wings, banda de McCartney, no álbum “London Town”. 

 

 

A parceria entre as duas lendas foi tão  profícua que eles gravaram outras canções de sucesso como “The Girl is Mine”, lançada por Michael em “Thriller” (1982), “Say, Say, Say” e “The Man” do álbum “Pipes of Peace” (1983), de Paul. Difícil imaginar um encontro tão certeiro no pop dos anos 80 quanto esse.

Durante conversas sobre como e onde investirem suas fortunas, Jackson teve uma dica de Paul sobre ganhar dinheiro comprando direitos de catálogos musicais de outros artistas. O compositor investia nisso após perder os direitos ao catálogo dos Beatles.  Michael Jackson gostou tanto da ideia que acatou os conselhos de  McCartney e resolveu adquirir o catálogo mais cobiçado da música, o dos Beatles!   

Acontece que os direitos autorais dos Beatles eram da Northern Songs, empresa que tinha como sócios  Paul McCartney, John Lennon, Brian Epstein (empresário do grupo) e o editor musical Dick James. Após a morte de Epstein, em 1967,  os dois integrantes da banda não conseguiram acordo com o editor que vendeu o valioso catálogo para uma editora musical pertencente à Associated Communications Corporation (ACC).

Em 1982, Michael viu o espólio musical dos Beatles ser colocado à venda e fez uma oferta de US$46 milhões, com o acordo sendo fechado em 1985 por US$47,5 milhões. Foi o fim da amizade e da parceria musical entre os dois.

Em 2017, oito anos após a morte do Rei do Pop, Paul fez um acordo com a Sony e recuperou os direitos à sua obra, mas não foram revelados detalhes sobre o que foi acordado entre as partes.

Apesar da mágoa, após a partida de Michael, Paul o definiu como “um menino extremamente talentoso e com uma alma gentil”  e se disse privilegiado de ter trabalhado com ele.

 

0 comentários


– ÚLTIMOS VIDEOS –


– ÚLTIMAS NOTÍCIAS –