“Todas as vezes que adiei o lançamento desse disco, estive na procura do exercício abissal, o evento canônico dessa narrativa. Foi quando me dei conta que a dualidade, que sempre acompanha minha obra, dessa vez quer se mostrar do amor à orfandade. Se eu quisesse dar um passo nas coisas do amor, eu preciso voltar para me buscar no orfanato da minha história”, compartilha Rico. Esse é o exercício que Rico Dalasam teve como vivência e que se tornou parte do processo criativo para o seu terceiro disco. Intitulado “Escuro Brilhante, O Último Dia no Orfanato” (EBUDNOTG), o álbum saiu pelo selo Natura Musical, nesta quinta-feira, 14 de dezembro, após meses praticando seu novo repertório e em diversos encontros com o público no último semestre.
Agora, o artista está pronto para esse novo passo fonográfico, que conclui a trilogia composta por Dolores Dala Guardião do Alívio (2021) e Fim das Tentativas (2022) e apresenta a fase mais astral e pop do artista. Composto por 10 faixas, o disco é uma celebração, e traz composições solares e que instigam os ouvintes a fazerem um exercício de relembrar seu próprio brilho através do amor. Poemas e rimas únicos e absolutamente característicos de Rico encontram nos beats contemporâneos dos produtores Dinho Souza e Mahal Pita o caminho certo para a expressão da sua obra. O disco traz ainda as participações de duas importantes cantoras negras brasileiras: Liniker, em “Quebrados”, e Eliana Pittman, em “Vicioso”, faixa foco do disco e que usa o sample de “Nem Saudade”, canção que ficou conhecida na voz da cantora e atriz na década de 1970.
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