O produtor WEY lançou recentemente o single e o clipe de “Intensidade”, interpretada por KayBlack e pelo trapper Vulgo FK. A faixa faz parte de seu álbum de estreia. WEY começou sua carreira como produtor musical em 2018 e levou seu beatbox tarimbado para os trabalhos atrás das mesas do estúdio.

Com mais de 400 milhões de plays nas plataformas digitais, suas composições trazem sempre parcerias de peso como os já citados KayBlack e Vulgo Fk e nomes como MC Ryan, Filipe Ret, Nagalli, Yunk Vino, entre outros. O produtor chegou a figurar entre os top 5 produtores musicais mais ouvidos do país. “Foi um momento muito interessante porque é aquela hora que você começa a refletir sobre toda a trajetória da sua vida, né? É como se fosse um sonho sendo realizado, você ser reconhecido por um trabalho que você se dedica, tipo, basicamente o dia inteiro”, conta WEY.

KayBlack, Vulgo FK e WEY (Foto: Instagram)

 Como todo bom produtor de música pop, o profissional consegue achar uma linha tênue entre uma assinatura própria e o que vai agradar o grande público. “Eu acho que na música dois mais dois nunca são quatro. Eu acho que a gente tem que se dedicar o máximo e estudar,  pegar referências e trazer coisas interessantes que a gente acredita que vai ser bom para o público Porém não tem como a gente dizer o que é parâmetro do que vai estourar ou não. Quem faz isso mesmo é o público. Quando a gente termina de fazer e apresenta para galera, eles vão dizer se a música vai vingar”, conta.

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Como foi essa ponte até lançar intensidade junto com KayBlack e Vulgo FK?

 Eu já tinha  algumas músicas avançadas e tinha conhecido o Kay i no antigo projeto da gravadora dele, né? A gente criou uma conexão bem interessante. E essa música nasceu em 2020, na verdade, era uma música incompleta, tinha um refrão do KayBlack, tinha um segundo refrão, mas era uma música curta. Aí teve um dia que encontrei o Black nesses shows da vida e falei ‘cara, posso colocar a música no De férias com WEY?’ e aí esperei a oportunidade certa de fazer um trabalho legal. O Vulgo  adorou a música quando mostrei e escreveu rápido a parte dele. Foi um processo natural.É uma das músicas que eu tenho muito carinho.

Há uma animosidade entre o pessoal do Trap e do Rap, uma rivalidade de quem curte o boombap e quem curte as batidas novas.  O você pensa a respeito dessa discussão?

 É interessante porque a minha trajetória no rap começou comigo fazendo beatbox,  fazendo intervenção nos shows de amigos meus, muitos voltados para a pegada do boombap. Cheguei a tocar com os caras do Costa Gold.  Na minha opinião, tudo vai se transformar, tudo vai mudar. A única certeza que a gente tem  é a mudança, né? Então a gente tem de ir se adaptando às mudanças. Não adianta ficar preso e dizer que só gosta de um estilo  porque vai ter uma hora que vai ter um trap que você vai adorar e é assim que funciona e o contrário também.

 Com os números que você alcançou como produtor, trabalhando com os nomes que você trabalha, é difícil pensar qual o próximo passo  dentro da carreira?

  Na minha percepção, eu levo de um jeito diferente, porque para mim a música não vai ser sobre eu estar no topo e outro não. Estar no topo é estar na música, é um amor, uma paixão que eu tenho. Mesmo se eu estiver lá embaixo um dia, eu vou continuar fazendo música porque eu amo música. É isso que me move.