O cantor, pianista e compositor Zé Manoel apresenta show com repertório do álbum “Coral”, no SESC Bom Retiro, no dia 28 de novembro, às 20h, com participações de Dora Morelenbaum e Jonathan Ferr. Este trabalho, disponível nas plataformas digitais e em vinil pela Rocinante Três Selos, marca um momento importante na carreira do artista, trazendo uma combinação distinta de influências e colaborações especiais. “Coral” figurou entre os 50 melhores discos de 2024, segundo a APCA.
A produção de “Coral” ficou sob a responsabilidade de Bruno Moraes, que trouxe uma nova perspectiva aos arranjos. Além disso, Zé Manoel contou com a participação de grandes nomes como Luedji Luna, Alessandra Leão, Liniker, Isadora Melo, Rafaela Acioli, e o arranjador Ubiratan Marques, entre outros. A diversidade de gerações e estilos presentes no disco enriquece ainda mais o trabalho.
Zé Manoel afirma que seus álbuns são produzidos quando ele tem algo significativo a comunicar, refletindo fielmente os momentos de sua vida e as mudanças ao seu redor. “Coral” segue essa linha, sendo um profundo reflexo das transformações vivenciadas recentemente. “Gravar o álbum foi um processo desafiador e gratificante. Iniciado no ano passado, com pausas e retomadas, a gravação incluiu momentos notáveis, como a reinterpretação de “Malaika”, uma canção africana que ficou conhecida pela interpretação de Miriam Makeba e que foi adaptada para o português em colaboração com Arthur Nogueira, e a gravação de “Golden” com Gabriela Riley, que originou o nome inicial do álbum”, conta o artista.
Os temas abordados em “Coral” dão continuidade aos trabalhos anteriores de Zé Manoel, explorando desde a tradição da MPB até a música preta nordestina e brasileira. O novo trabalho transita por canções de amor, despedida e religiosidade afro-brasileira, trazendo uma sonoridade rica e variada. Músicas como “Golden”, “Malaika” e a própria “Coral” se destacam pela profundidade e conexão emocional. “Golden” foi escrita por Gabriela Riley e representa uma homenagem pessoal a Zé Manoel, enquanto “Malaika” celebra a união de diferentes culturas. Já “Coral”, que dá nome ao álbum, simboliza o desejo de retorno às raízes e o reconhecimento de si mesmo.
Outra faixa notável é “Canção de Amor Para Johnny Alf”, escrita por Zé Manoel em homenagem a um dos grandes ícones da bossa nova. “Iyá Mesan”, uma colaboração entre Zé Manoel e Alessandra Leão, também se destaca. Zé Manoel canta acompanhado por Alessandra nas vozes e vocais, Ana Dan nos vocais, Mariana de Moraes e Bruno Morais no coro. Destaca-se ainda os arranjos de “Above the Sky”, concebidos por Dora Morelenbaum e “Deságuo Para Emergir”, parceria do artista com Liniker, que escreveu a letra para a canção.
Cada faixa traz a marca registrada de Zé Manoel: um talento incomparável para criar atmosferas sonoras envolventes e emocionantes. A produção e direção musical do álbum foram realizadas por Bruno Morais, com edições feitas por Bruno Morais, Albérico Júnior, Caio Alarcon, Samuel Bordon, Pipo Pegoraro, Murilo Gil, Rodrigo Lemos e Guilherme Kastrup. A mixagem foi feita por Albérico Júnior e a masterização por Felipe Tichauer no Red Traxx Mastering Studio. A produção executiva ficou a cargo de Bruno Morais, Zé Manoel e Daniela Cucchiarelli.
“Menina preta de cocar” foi escolhida como o primeiro single, por encapsular o universo musical de Zé Manoel de forma reconhecível e ao mesmo tempo inovadora. No primeiro single, Zé Manoel exalta o encontro dos povos africano e indígena, representados pela figura poderosa da mulher Afro-Indígena brasileira. A faixa também é uma referência à cultura do Caboclinho, ritmo e dança pernambucanos que nasce da fusão dessas duas culturas. “Menina preta de cocar” é uma música dançante que conta com as guitarras do queniano Kato Change e as flautas brasileiras de Alexandre Rodrigues. Esse encontro da sonoridade africana e indígena abre os caminhos para a chegada do novo trabalho.
A faixa favorita de Zé Manoel é “Coral”, tanto pela sua musicalidade quanto pela sua temática. “A criação desta música é uma história interessante, pois ela surgiu de um sonho onde eu via Dorival Caymmi cantando. Este e outros sonhos inspiraram diversas composições no disco”, esclarece Zé.
A arte do álbum teve direção artística e criativa de Gil Alves, projeto gráfico e design de Thaís Amorim e pós produção de imagem de Gabriel Mustache. As fotos foram tiradas por Wendel Assis, com beauty de Beberes e cabelo de Léo Santos, styling de Luiz Silva, produção de styling de Fagner Bispo, direção de movimento de Edilene Alves e making of de Gabriel Dias. A produção foi feita por Nanda Rachell.
O making of do álbum foi dirigido e roteirizado por Gil Alves e Engels Miranda, com montagem e edição de Edwin Ferraz, fotografia e câmera em São Paulo por Engels Miranda e Renato Godoy, imagens adicionais em Recife por Kelvin Andrad, e fotos por Aline Braga.








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