O jovem percussionista será homenageado pelas atividades culturais que promove na cidade do Rio de Janeiro e pela importância do legado da sua família no mundo do samba
O músico, percussionista e neto de um dos maiores nomes do carnaval carioca, Mestre Quirino da Cuíca, Eryck Quirino, de 29 anos, receberá no dia 25 de junho, terça, às 19h, a Medalha Pedro Ernesto, considerada a maior honraria entregue pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Quirino é atuante assíduo de rodas de samba e integrante de diversos projetos que movimentam a cultura da cidade. Fundador do Samba da Volta e do Batuque Suburbano, também faz parte da banda do Marcelo D2.
A honraria será concedida pelo mandato da vereadora Tainá de Paula, que acolheu a indicação da Quiprocó Filmes, através do seu Diretor Executivo, Fernando Sousa. Na homenagem, a mesa principal da Casa será composta por Marcelo D2; pelo carnavalesco da Portela, André Rodrigues; pelo diretor executivo da Quiprocó Filmes, Fernando Sousa; pelo sambista e historiador Vinicius Natal; e pela jornalista Lola Ferreira.
A Medalha Pedro Ernesto é concedida a personalidades e instituições que se destacam em suas áreas de atuação e que contribuem de forma significativa para o bem-estar da sociedade. Nesse contexto, Eryck faz parte da juventude negra que constrói presenças e legados da história do samba na cidade do Rio de Janeiro, representando a terceira geração da Mocidade Independente de Padre Miguel. A vivência no carnaval e nas escolas de samba foi fundamental para a sua formação musical, intelectual e de sua personalidade.
Quirino é uma das pessoas mais jovens a receber a medalha. No filme “Rio, Negro”, da Quiprocó Filmes, em que é entrevistado, ele fala de sobre o toque diferenciado da bateria da escola de samba.
“Pesquisando sobre meu avô, por exemplo, eu vi que ele foi para a Europa, o trabalho dele chegou lá. E isso me impactou muito. Agora, eu não consigo dimensionar o tamanho do que tenho feito com o samba, porque eu só tenho 27 anos e pretendo construir muita coisa ainda. Mas o que eu faço é um resgate do que aprendi em casa e coloco na rua, desde músicas que os mais velhos cantavam e eu levo para a roda, até comportamentos que me ensinaram. Meu maior ídolo é meu pai e ele me dizia que o eu quero fazer do samba é o que eu tenho vontade de ser. Então eu levo isso comigo sempre, principalmente com astral, energia e fundamento”, afirma.
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