Criado em 1992, após o Massacre do Carandiru que vitimou 111 presos numa ação da polícia de São Paulo, o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) vive o ineditismo de ter uma mulher negra como diretora. Eleita por unanimidade pelos associados da entidade, Ester Rufino ocupa o cargo no biênio 2021/2022, com a missão de pensar ações relacionadas ao encarceramento em massa, à prisão de inocentes por falta de julgamento correto, às prisões femininas e à violação das mulheres encarceradas, pretas e pobres.
Ver essa foto no Instagram
Ester concluiu o curso de direito pela Faculdade Zumbi dos Palmares em 2014, onde estudou com bolsa de estudo. A ativista antirracista mora no extremo leste de São Paulo e milita desde 2004 na Educafro, uma associação que luta pela inclusão de pessoas negras no Ensino Superior.
Mãe de três filhos, trabalhou como empregada doméstica até entrar para a universidade. Por ter se envolvido na luta pelas cotas raciais e sociais, num período em que a medida ainda era bastante questionada pela população, só conseguiu concluir o curso oito anos depois.
O IBCCRIM promove cursos nas áreas de direitos humanos, segurança pública e políticas relacionadas à realidade criminal e penitenciária, além de atuar no campo político, no monitoramento de projetos de lei ligados aos temas. Faz ainda a publicação de estudos de ciências criminais.
0 comentários