O mundo recebeu nesta sexta-feira (26) a notícia da morte de Assata Shakur, confirmada pelo Ministro de Relações Exteriores de Cuba. Ex-integrante do Panteras Negras e do Black Liberation Movement (BLM), Assata se tornou um dos principais símbolos da luta contra o racismo estrutural e a supremacia branca nos Estados Unidos.
Assata vivia em Cuba desde a década de 1980, após escapar de uma prisão em 1979 em uma ação organizada por militantes do BLM, com apoio da Organização Comunista 19 de Maio. A fuga aconteceu após sua condenação por envolvimento em um confronto armado que resultou na morte do policial Werner Foerster e do militante Zayd Malik Shakur, em 1973. Na ocasião, também foram presos Sundiata Acoli e outros militantes ligados ao movimento.
Mesmo vivendo em exílio político, Assata nunca deixou de inspirar novas gerações de ativistas e artistas, sendo considerada uma referência para movimentos anticapitalistas e antissupremacistas ao redor do mundo. Até hoje, seu nome constava na lista dos mais procurados do FBI.
Sua produção intelectual permanece como legado fundamental: em português, estão disponíveis sua autobiografia, cartas, poesias e textos que refletem tanto sua trajetória pessoal quanto suas reflexões sobre justiça social.
A morte de Assata Shakur encerra uma era, mas sua vida e obra seguem como farol para quem acredita em transformação social e liberdade.
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